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Academia, 28.09.2016
17 anos a dar sangue na UMinho!
UMinho
2016 assinalou o 17º ano de Dádivas de Sangue na Universidade do Minho (UMinho), uma Campanha anual que iniciou em 1999 e que é marcada por quatro colheitas anuais, em Braga e Guimarães. Esta que foi a última colheita de 2016 fechou o ano de forma muito positiva ao alcançar 433 Dadores Inscritos e 4 Recolhas de Sangue para Análise de Medula.


No total das quatro colheitas realizadas em 2016 (duas em Braga e duas em Guimarães), a UMinho conseguiu nada mais, nada menos que 1324 Dadores Inscritos e 49 Recolhas de Sangue para Análise de Medula, uma contribuição de extrema importância para Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e para o Centro de Histocompatibilidade da Região Norte, uma vez que o sangue não se fabrica artificialmente e só o ser humano o pode dar.

Como referiu Duarte Fernandes (aluno do 4º ano do programa doutoral em Eng. e Gestão industrial) ?é um gesto simples que pode ser muito importante na vida das pessoas, podendo fazer a diferença entre a vida e morte?.

Em paralelo com as dádivas de sangue decorreu também a recolha de sangue para Análise de Medula para todos aqueles que se quisessem registar como dadores, e foram muitos. Sobre esta questão, Duarte referiu que não estando ainda inscrito como dador de medula "este será o próximo passo". O estudante deixa ainda um apelo a todos, para que "Venham ser dadores, é um processo simples, não custa mesmo nada e saem daqui bem mais felizes e com o sentimento de dever cumprido" afirmou.

A colheita decorreu ao longo de todo o dia, com início às 09h00 e terminando já depois das 19h00, tendo sido notória a disponibilidade, simpatia e eficiência das equipas do IPST presentes, os quais chegam as estas colheitas na UMinho sempre muito otimistas, uma vez que, como referem "a população universitária é sempre muito solidária e gostam muito de contribuir". A comunidade académica não defraudou as expectativas e, seja no Complexo Desportivo ou nas duas unidades móveis, foram muitos os que "estenderam o braço" à causa solidária e partilharam um pouco da sua saúde com quem a perdeu.

Para Joana Gomes (aluna de Mestrado), a Universidade "é um lugar ótimo para promover este tipo de iniciativas", sublinhando que tem características únicas por ser "um ambiente maioritariamente jovem e por isso com muitas possibilidades de alcançar pessoas saudáveis". A estudante e bombeira voluntária disse ainda que todos deviam participar nestas iniciativas, "despendemos meia hora do nosso dia mas podemos estar a salvar vidas, são atitudes que além de ajudarem a sociedade nos fazem sentir muito bem"afirmou.

No final do dia, a satisfação dos organizadores era bem patente, referindo a responsável do evento da parte da Associação Académica da Universidade do Minho, Marta Campos "a colheita correu muito bem, foi a melhor dos últimos três anos aqui em Gualtar nesta altura de setembro, por isso estamos muito satisfeitos".

Na UMinho, estas Campanhas têm um significado ainda maior do que o simples ato de dar sangue, de contribuir para o aumento das reservas de sangue nacionais e ampliar a base de dados de dadores de medula. Espera-se com estas ações junto da população académica, que é maioritariamente jovem, sensibilizar novos dadores, criar hábitos de doação, conseguir dadores para o futuro, fidelizar aqueles que já são dadores, mas sobretudo, chamar a atenção para as questões solidariedade e ajuda ao próximo

Mais uma vez a Academia não faltou à chamada, alcançando-se mais um grande sucesso e por isso, parabéns à UMinho mais uma vez!

Texto: Ana Coimbra

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Set/2016)

Arquivo de 2016