A cerimónia de celebração dos 40 anos teve início com o discurso da Presidente do Instituto, Eunice Ribeiro, que nas suas palavras fez questão de apontar os desafios vividos pelo ILCH, dando inclusive um particular destaque aos cortes nos financiamentos públicos.
"Nestes últimos três
anos vivemos uma crise de humanidades. Uma crise não só nacional,
mas também europeia ou até ocidental, não alheia a um novo modelo
de universidade e a uma nova política de ensino superior",
referiu a Presidente, acrescentando que no recente triénio houve
uma perda de financiamento do Orçamento de Estado de 74 mil euros
(em 2013) para dois mil euros (em 2015).
O Reitor também ele
fez questão de mencionar as dificuldades vividas pelo Instituto
ao longo destas quatro décadas, relembrando no entanto que este
"foi capaz de progredir, de se afirmar".
Quem também abordou
este contexto atual de crise (não do ILCH, mas da sociedade em
geral), foi o antigo Presidente do Tribunal de Contas e Ministro
das Finanças, Guilherme d'Oliveira Martins.
"A sociedade
contemporânea, para superar a grave crise em que nos encontramos
tem de transformar a informação em conhecimento e tornar o
conhecimento em inovação". Ainda segundo o atual administrador
executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, "quem desvalorizar as
Humanidades não está a compreender o cerne dos desafios da
modernidade", fazendo questão de defender a ideia de que "a
capacidade de inovação só dá progresso se houver uma atenção
especial às Humanidades".
A cerimónia
conclui-se com o corte do bolo e um brinde às 40 primaveras do
Instituto.
Texto e Fotografia:
Nuno Gonçalves
(Pub. Mai/2016)