No seu discurso, Paulo Machado olhou para o passado, enalteceu
o presente e perspetivou o futuro da Escola, uma instituição
que segundo este ''nasceu da interação com a sociedade para
prestar um serviço'', sendo agora uma unidade marcada pela
qualidade do seu ensino, pela qualidade da sua investigação e
uma cada vez maior interação com a sociedade, sendo atualmente
a Associação de Psicologia uma das mostras mais visíveis desta
última vertente, que permitirá uma aproximação entre a Academia
e as populações que beneficiarão do serviço. Pretendendo o
presidente que esta se torne num centro de excelência e de
referência para a intervenção psicológica nas suas várias
vertentes.
A EPsi é constituída por dois departamentos - Psicologia Básica
e Psicologia Aplicada, tendo ainda um Centro de Investigação em
Psicologia, o qual foi classificado como ''Excelente'' na
recente avaliação promovida pela Fundação para a Ciência e a
Tecnologia e considerado um dos 15 melhores centros de
investigação nacionais. Sendo ainda a instituição de ensino
superior portuguesa com maior produtividade, qualidade
científica, impacto e colaboração internacional no domínio da
Psicologia,
Em jeito de balanço, o Presidente da EPsi mostrou-se bastante
desapontado com a não autorização de abertura do novo curso de
Criminologia, que disse estar ''completamente formalizado,
faltando apenas a aprovação do número de vagas por parte do
ministério'', sendo este uma das grandes oportunidades da
Escola alargar a sua oferta formativa, que o responsável
afirmou ''estabilizada neste momento'', não esperando o aumento
de vagas num futuro próximo. Para além disso, a Escola tem-se
deparado com uma quebra no número de alunos de doutoramento, o
que tem tentado colmatar com a criação de novos mestrados e
aposta no recrutamento de alunos internacionais.
Sobre o novo curso que a EPsi pretendia ver já em funcionamento
este ano, Paulo Machado pediu mais uma vez a ajuda da Reitoria
para que o processo tenha melhores desenvolvimentos no próximo
ano. Um pedido que teve por parte de Rui Vieira de Castro, toda
a abertura, garantindo que a Reitoria tudo fará para que o
curso seja aprovado.
Para 2020, a Escola tem como linhas estratégicas, reforçar a
posição de melhor centro nacional na área da psicologia;
aumentar a captação de projetos de dimensão internacional;
reforçar a política de comunicação e divulgação de ciência,
promovendo a visibilidade do centro de investigação; e
continuar a aposta na transferência de conhecimento.
Para o Vice-reitor, o percurso da Escola de Psicologia tem sido
''desafiante'', referindo que o maior desafio desta neste
momento é ''a busca pela diversificação para não estar cingida
apenas a um curso''. Neste sentido reiterou os esforços da
Reitoria para que o curso de Criminologia veja aprovadas as
vagas ainda este ano, aspeto que dará um reforço à Escola.
Sendo que ''isto não é o mais importante para a EPsi, uma vez
que esta atingiu um nível de qualidade, não ficando melindrada
por este tipo de problemas'' disse.
Segundo Vieira de Castro, a Escola tem mantido o número de
alunos estável, ''significando isto que tem uma oferta
educativa sólida, uma investigação sólida e reconhecida e tem
reforçado a interação com a sociedade'' asseverou. Sendo que
aconselhou a Escola a preparar novas formações ao nível do
mestrado e ter particular atenção às formações de 3º ciclo.
Para além destes, o Vice-reitor chamou a atenção para o desafio
da internacionalização ''que deve ser perseguido'', revelando
contar com a EPsi para cumprir os objetivos da Universidade.
No final foram ainda atribuídos os prémios de mérito aos
melhores do ano, tendo sido distinguidos os professores Pedro
Rosário (Prémio Investigação), Pedro Albuquerque (Prémio
Ensino) e Isabel Soares (Prémio Interação com a
Sociedade).
A cerimónia fechou com a palestra ''Estórias que Modelam o que
Somos: o Caminho do Guia'', a cargo do professor Pedro
Albuquerque.
Ana Marques
(Pub. Abr/2016)