UMinho comprometida com a Sustentabilidade
UMinho
A Universidade do Minho (UMinho) apresentou no passado dia 28 de janeiro o seu Relatório de Sustentabilidade referente ao ano de 2014. Na sessão de apresentação, Paulo Ramísio evidenciou o grande impacto da Academia no contexto nacional, mas principalmente, na região Noroeste de Portugal,
nomeadamente no respetivo tecido económico onde gera um impacto de 197 milhões.
A sessão decorrida pelas 11h00 no Largo do Paço, em Braga, contou
com as presenças do Reitor António Cunha, do Pró-reitor para as
Infraestruturas e Sustentabilidade, Paulo Ramísio, e do Prémio
Nobel da Paz 2007, Mohan Munasinghe. A UMinho foi a primeira
universidade portuguesa a fazer este tipo de estudo "começamos este
percurso há 5 anos" referiu Paulo Ramísio, sublinhando que a UMinho
quer "ajudar a construir um futuro melhor".
A Academia Minhota tem sido, segundo o responsável pela pasta das
Infraestruturas e Sustentabilidade "reconhecida internacionalmente
pelas nossas práticas, temos integrado redes internacionais com
quem temos aprendido e partilhado as nossas experiências,
contribuindo para um ambiente de sustentabilidade" disse. O
Pró-reitor destacou alguns indicadores que salientam o desempenho
da UMinho (variação entre 2013 e 2014): a Academia conseguiu
reduzir 44% no consumo de papel e 22% em unidades de tinteiros
(desde 2010 a UMinho já reduziu em 63,2% a utilização de papel e em
62,8 a quantidade de tinteiros resultados obtidos na sequência do
Sistema de Apoio à Modernização Administrativa que tem vindo a ser
implementado).
A UMinho conseguiu também reduzir as emissões de CO2 em 15%,
reduziu o gasto de energia total em 3%, 32% dos alunos usam meios
de mobilidade não poluente, 91% dos seus resíduos são valorizados
(apenas 2% são perigosos), reduziram o consumo de gás natural em
14,9% e em 2,4% o consumo de água. Para além destes indicadores de
desempenho, a Universidade gerou um impacto económico direto que
rondou os 75 milhões de euros em 2014, mais 5% que em 2013,
considerando-se aqui os gastos com docentes e não docentes em
remunerações permanentes, abonos e Segurança Social. Em termos de
impacto económico indireto, este manteve-se estável, rondando os 74
milhões (abarcando aqui os gastos com fornecedores e
estudantes).
Já o impacto económico induzido foi de 48 milhões (o qual não teve
também alterações), emergindo do efeito multiplicativo ou do hábito
económico dos estudantes, docentes e não docentes e fornecedores.
Totalizando, a UMinho gerou em 2014, um impacto económico de 197
milhões de euros, o que demonstra, segundo Paulo Ramísio "a
importância da Universidade, não só para gerar conhecimento, mas
também face ao território onde se insere. Para além disso, este
valor tem ainda como característica, justificar o impacto direto no
campo do emprego de 4627 postos de trabalho indiretos, contribuindo
para a prosperidade da região" disse.
O impacto da UMinho não se observa apenas na economia, mas também
na cultura e no desporto, resultando em 718 eventos culturais e 149
eventos desportivos. A UMinho foi a primeira Universidade
portuguesa a apresentar um Relatório de Sustentabilidade, a 2ª
universidade europeia a publicar um Relatório de Sustentabilidade
segundo as diretrizes G4 e a 6ª mundial a publicar um Relatório de
Sustentabilidade segundo as diretrizes G4. Para o Reitor da UMinho
"Este é um trabalho do qual a Universidade está orgulhosa. Tem a
ver com a nossa prática, com a nossa política e o qual é assumido
do ponto de vista estratégico da Universidade".
A apresentação deste Relatório acaba por ser mais uma tática de
prestação de contas, de avaliação dos impactos da Universidade,
onde, segundo António Cunha "vemos claras tendências de evolução em
determinadas áreas, o que nos deixa extremamente satisfeitos"
referiu. A aposta na sustentabilidade será para continuar, algo que
segundo o Reitor "consta do seu plano estratégico". O responsável
referiu ainda que a Universidade "está a finalizar o seu plano de
investimentos para os próximos 5 a 10 anos", o qual incluiu
investimentos em várias infraestruturas, ressaltando que "é
importante que isso seja feito de acordo com esta aposta na
sustentabilidade".
Também o Nobel da Paz 2007 deu os parabéns à UMinho por este
trabalho e pela aposta na sustentabilidade, referindo que as
universidades devem ser o centro onde tudo começa, devendo dissipar
para o exterior o que fazem e os bons exemplos que são, mas para
este, a sustentabilidade deve ser promovida, em primeiro lugar, por
cada um de nós.
Texto: Ana Marques
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Fev/2016)