Foi perante um
"lotado" salão medieval que mais uma vez a academia minhota
renovou lideranças, apontou caminhos e mostrou toda a sua força e
capacidade de crítica. Carlos Videira, que esteve à frente dos
destinos da AAUM durante três mandatos, passou o testemunho ao
seu antigo vice-presidente, Bruno Alcaide, deixando um legado
marcado pela responsabilidade social e pela procura do
crescimento estrutural.
Videira, que
foi o primeiro a discursar, fez um balanço dos seus três
mandatos, revivendo alguns dos momentos mais difíceis e
recordando com emoção alguns dos episódios e pessoas mais
marcantes deste seu trajeto. No seu adeus, deixou a academia com
o seguinte pensamento: "o desprendimento é um dos valores do
associativismo".
Após as intervenções
do Reitor, António Cunha, que pediu um reforço ainda maior da
agenda social da Associação, e do Diretor Regional Norte do IPDJ,
Manuel Barros, coube então vez de Bruno Alcaide tomar a
palavra.
Apontando como objetivos para o seu mandato a revisão do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior e do regulamento de acesso às bolsas da Acção Social (que deverá ter em conta os rendimentos líquidos das famílias, não os rendimentos brutos), o jovem líder fez questão de relembrar o assunto da Fábrica Confiança como futura sede da AAUM.
Nas suas palavras, Alcaide pôs o dedo na ferida que é o financiamento do Ensino Superior, que segundo o mesmo tem vivido nos últimos anos num modo de "subfinanciamento próprio", não conseguindo sair de um "quadro asfixiante" para o seu funcionamento.
A cerimónia ficou concluída com a atuação do Coro Académico, tendo havido depois deste momento solene, e antes do jantar no restaurante panorâmico da UMinho, a tradicional romaria até ao bananeiro.
Texto e Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Jan/2015)