A cerimónia teve
lugar no passado dia 29 de outubro, no campus de Gualtar, a qual
contou com a presença do reitor António Cunha, do presidente da
FCLB, Carlos Couto, e da presidente da Escola Superior de
Enfermagem (ESE) da UMinho, Isabel Lage, para além da figura
central, a laureada, Karen Luker.
Esta foi a 15ª edição da CátedraCarlos Lloyd Braga que homenageia o patrono da FCLB e primeiro reitor da UMinho. Nesta edição coubea Carlos Couto, recordar a pessoa do ProfessorCarlos Lloyd Braga, lembrando a figura ímpar, de visão estratégica, o qual apelidou de "visionário" que segundo este "soube criar uma universidade nova e não uma nova universidade", uma universidade que se tem sabido adaptar aos tempos, às mudanças, que tem sabido preparar o futuro, mas também tem sabido manter vivas as memórias do passado "uma instituição sem memória é uma instituição que dificilmente terá futuro" disse.
A Cátedra é atribuída anualmente a uma individualidade nacional ou estrangeira de renome, proposta mediante convite institucional e enquadrado num programa de atividades de natureza cultural e científica proposto por Escolas e/ou centros de investigação da academia minhota. Este ano, por sugestão da ESE, a premiada foiKaren Luker, uma pioneira na investigação em enfermagem, que recebeu a distinção pelo seu percurso profissional e académico.
Isabel Lage apresentou a homenageada, que é atualmenteProfessora da Escola de Enfermagem, Obstetrícia e Trabalho Social da Universidade de Manchester, da qual foi diretora até agosto, sendo considerada uma referência mundial em cuidados paliativos e de suporte, incluindo no cancro. Lecionou em várias universidades britânicas e de Hong Kong, Auckland (Nova Zelândia), Lund (Suécia), Manitoba e Alberta (Canadá). É membro da Academia de Ciências Médicas do Reino Unido e de painéis de avaliação de Comités de Investigação do Reino Unido, Noruega, Finlândia e Suécia. Doutorada pela Universidade de Edimburgo, recebeu vários prémios de carreira e é autora de mais de cem artigos, capítulos e livros científicos, editora do "International Journal Health and Social Care in the Community" (no top 10 mundial da área), detentora de mais de vinte projetos científicos e orientadora de dezenas de teses doutorais.
Também o Reitor não faltou à sessão, que referiu como "importante pois homenageia o fundador da nossa Universidade". A quem também este reconheceu como tendo uma visão estratégica do futuro da Universidade "já em 1975 disse que a Universidade haveria de atingir os 20000 estudantes, e algumas dezenas de anos depois é o que está a acontecer" disse.
Esta
15ª edição "fecha um ciclo" pois Cátedra já atingiu todas as
unidades orgânicas, fechando a ESE este ciclo, disse. O Reitor
lembrou ainda que a ESE tem visto as suas condições melhoradas,
foi reintegrada no Campus e tem vindo a ter a sua estrutura e
meios melhorados, sendo que "atualmente tem um projeto educativo
a nível da licenciatura extremamente robusto", colocando-lhe como
grandes desafios: a pós-graduação e a investigação. "A Escola
deve estender a sua atividade de pós-graduação e deve ser capaz
de estruturar, desenvolver e consolidar a atividade de
investigação em enfermagem, indo de encontro àquela que é a
estratégia da Universidade, que é ter projetos de ensino que
sejam reconhecidos sobretudo pela diferenciação", sublinhando que
"certamente vai ter desenvolvimentos positivos nos próximos
anos".
Desde 2002 a Cátedra já distinguiu, por ordem, Dan Urry, Richard Watson, Ludo Kleitjens, Denis McQuail, Marshall Stoneham, Cândido Varela de Freitas, Joseph Gonnella, Ives Gandra Martins, Michael Myers, Laura Cavalcante Padilha, Martha Elizabeth Shenton, Richard Blundell, Anne & Jean Philippe Vassal e Karen Luker.
Texto: Ana Marques
Fotografia: Nuno
Gonçalves
(Pub.
Nov/2015)