Durante todo o dia, das 09h30 às 19h00 uma brigada fixa e um posto móvel estiveram no campus de Azurém, em Guimarães para mais uma colheita de sangue que se revelou um êxito em todos os sentidos. Não só os números que foram excelentes, mas também porque foram muitos os dadores incipientes, que afirmavam esta sua primeira dádiva como um ato que estenderão para a vida.
Se com estas campanhas, os propulsores da iniciativa pretendem
ajudar o Instituto Português do Sangue (IPS) e o Centro de
Histocompatibilidade da Região Norte, seja, no aumento das
reservas de sangue nacionais, como ampliar a base de dados de
dadores de medula, é ainda um objetivo mais importante, incutir
nos jovens o espírito solidário e garantir dadores para o futuro,
e isso tem sido conseguido.
O sangue é um bem imprescindível e insubstituível, e cuja
obtenção depende exclusivamente da dádiva voluntária e benévola,
e foi com isto em mente que a comunidade académica "perdeu"
alguns minutos do seu dia e deu algo de si a esta causa. Andreia
Araújo, aluna de MIEGI estava a acabar de fazer a sua dádiva, o
que a fazia sentir-se "bem" pois sabia que provavelmente estaria
a ajudar alguém. A jovem, nesta sua primeira experiência como
dadora afirmava que era importante haver estas ações na
universidade, pois segundo esta "a solidariedade está a crescer
nos jovens" e por isso "o meio universitário é um bom local para
angariar sangue".
Também Filipe Gonçalves teve nesta colheita a sua estreia como
dador. O estudante de Eng. Materiais aderiu à iniciativa para
"poder ajudar quem mais precisa", mencionando que, o facto da
ação ser no interior do campus ajudou muito na sua decisão de se
tornar dador, sendo que segundo este "é uma boa forma de cativar
os jovens". Filipe refere ainda que agora que começou "esta será
uma atitude para a vida que quero continuar a fazer todos os
anos".
Quem estava ainda na fila para praticar o seu ato solidário era
Catarina Pena, estudante de Eng. e Gestão Industrial, que, não
sendo a sua primeira vez, se tinha iniciado como dadora na
UMinho. Para a jovem, este é um ato fácil "não custa nada",
salientando que "podemos estar a salvar alguém". A futura
engenheira destaca ainda que estas ações fazem todo o sentido ser
realizadas no seio da universidade "é uma forma fácil de
conseguir muitos dadores e dadores para a vida, pois os jovens
são solidários por natureza e quando não têm de se deslocar para
isso melhor ainda".
No total das duas colheitas (Braga e Guimarães), a campanha de
solidariedade atingiu o bonito número de 447 dadores inscritos e
25 recolhas de sangue para análise de medula.
Texto: Ana Coimbra
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Set/2015)