A estrutura - uma
torre com 10
metros,
totalmente feita em malha flexível - esteve em exibição durante
um mês inteiro, e foi o ex libris
do projeto "Complex
Modeling" (Modelação Complexa), que, nas palavras de Mette
Thomsen, designer dinamarquesa envolvida no projeto, "demonstrou
o potencial da aplicação dos materiais têxteis flexíveis",
acrescentando que, "a médio-longo prazo a utilização destes novos
materiais será prática no sector da arquitectura e da
construção". Também o arquitecto responsável pelo projeto, o
dinamarquês Martin Tamke, se mostrou optimista com o resultado,
aproveitando para agradecer e congratular a Fibrenamics e a AFF
pelo "dinamismo e extraordinário trabalho desenvolvido".
Materiais fibrosos com aplicação em diversas áreas, até na arte
A oportunidade de
participação neste projeto surgiu no âmbito da rede COST
(European Cooperation in the Scientific and Technical Research),
o mais antigo programa europeu de coordenação de actividades de
investigação.
Raquel Carvalho,
investigadora Fibrenamics que liderou este projeto, explicou que
foram testadas algumas estruturas para assegurar a satisfação de
todos requisitos listados pelo CITA. A investigadora mostra-se
satisfeita com o resultado final, sendo que este, sublinha, "é
importante para demonstrar as potencialidades de aplicação de
materiais/estruturas fibrosas a diversos sectores, incluindo até
a arte".
Por parte da AFF,
parceiro Fibrenamics que prontamente aceitou o desafio do grupo
da Universidade do Minho para fazer parte deste projeto, Filipa
Monteiro, confidenciou que "a exigência técnica e o esforço tido
para tornar este desafio numa realidade visivel a todos foi
grande". A AFF, empresa sediada em Vizela, tem apostado na
internacionalização, conseguindo resultados muito positivos com
essa estratégia. A participação neste projeto, conta ainda Filipa
Monteiro, "veio comprovar que temos a capacidade para sair da
nossa zona de conforto, inovando", e, ainda que a conjectura
actual da indústria exigia grandes sacríficios a empresa vai
continuar a trabalhar diariamente para acrescentar valor ao seu
trabalho. "Sentimos que este é o caminho certo", rematou Filipa
Monteiro.
Texto: Paula
Lobo
(Pub. Jul/2015)