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Academia, 19.06.2015
Doutoramento Honoris Causa: Rámon Villares tornou-se no mais recente Doutor da UMinho
UMinho
A Universidade do Minho (UMinho) atribuiu no passado dia 17 de junho, o doutoramento honoris causa a Ramón Villares, uma homenagem proposta pelo Instituto de Ciências Sociais da UMinho pela importância e significado da sua obra científica, académica e cultural.Ramón Villares é atualmente o presidente do Conselho da Cultura Galega, um catedrático de História Contemporânea que a UMinho integrou agora no seu quadro de Doutores Honoris Causa.


A cerimónia decorrida no Salão Medieval da Reitoria, em Braga homenageou uma das referências da Histografia Hispânica, que já foi decano da sua Faculdade de Geografia e História e Reitor da Universidade de Santiago de Compostela, entre muitos outros cargos que integram o seu vasto curriculum.


Rámon Villares teve como padrinho, o Professor José Viriato Capela, que fez a apresentação do homenageado, uma tarefa que como disse "É tarefa ao mesmo tempo fácil, pela notoriedade académica e pública de Ramón Villares (...), mas difícil pela extensão, mais alta valia e significado da sua obra científica, académica e cultural...".


Sendo Rámon Villares, um conhecedor e admirador da história e da cultura portuguesa, José Viriato Capela destaca a sua obra como sendo também um "guia e roteiro para a compreensão da História Portuguesa e também Minhota, numa perspetiva da história galaico-minhota portuguesa e peninsular".


Rámon Villares afirmou no seu discurso de agradecimento que "Esta honra engrandece o seu interesse pela história e pela cultura portuguesa" a qual acompanha há muitos anos. Lembrando também as suas participações nas comemorações que assinalaram o início da UMinho em 1974, referindo que "mal poderia imaginar que acabaria por estar aqui novamente para receber esta honra".


José Viriato Capela que apadrinhou a imposição das insígnias colocou no homenageado o capelo, a borla, a medalha e o livro, colocando o António Cunha o pin da UMinho.


O Reitor da UMinho, que é considerado por Rámon Villares como um "Engenheiro Humanista" encetou a sua intervenção dizendo que esta cerimónia de homenagem é "a um homem, a um povo... e à sua cultura". Um tributo que é um reconhecimento da obra e do percurso de Rámon Villares.




António Cunha sublinhou ainda a importância do ato na relação existente entre as duas regiões separadas pelo rio Minho, uma relação que segundo este "queremos cada vez mais forte (...) queremos que este momento seja de comunhão desta região e dos seus povos" disse.


Sobre o futuro, o responsável minhoto diz que esse deve assentar nas universidades, pretendendo que se faça da EuroRegião Galiza-Norte de Portugal "um espaço de bem-estar, capaz de produzir e atrair talento"sendo que para isso se deve reforçar a aposta nas seis universidades do Norte de Portugal e da Galiza que formam a plataforma que é a Fundação CEER, tornando-as fortes e de referência internacional "comprometidas com o desenvolvimento e com a afirmação da nossa identidade" patenteou.


Uma identidade que é também circunscrita a um espaço "especial". O espaço da Galiza - Norte, o qual para António Cunha, deve continuar a ser a ser construído, sendo segundo este, é um desafio para as "nossas sociedades" para os "seus académicos", os quais refere que devem seguir o "exemplo de Rámon Villares".

Texto: Ana Marques

Fotografia: Nuno Gonçalves

(Pub. Jun/2015)

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