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Academia, 16.04.2015
Estudo das mãos indica futuro do desenvolvimento de produto
UMinho
Um trabalho do Centro Algoritmi da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, alavancado num doutoramento do investigador indonésio Mahrus Umami, está a aprofundar o estudo da antropometria das mãos dos portugueses, para além de investigar a sua relação com os dispositivos táteis contemporâneos. Pedro Arezes, professor e investigador do Departamento de Produção e Sistemas da UMinho, também responsável pelo projeto, revela que a evolução sentida na tecnologia tátil confere uma renovada pertinência e uma clara atualidade científica à linha de investigação que se está a desenvolver.


Pedro Arezes explica que o trabalho deste grupo específico enfoca "uma preocupação com a interação do ser humano com sistemas tecnológicos - a chamada engenharia humana", realçando que nesta investigação, "para além de estudar a relação da mão com o produto, percebeu-se que havia falta de informação acerca das dimensões da mão na população portuguesa". Os dados antropométricos dos portugueses já existem, com a UMinho a assumir um papel pioneiro nos dados de corpo inteiro, mas ainda não foi desenvolvido um trabalho de análise de dados antropométricos específicos, como a mão, o pé, o crânio, entre outros. O objetivo deste estudo era a criação de uma base de dados com dimensões antropométricas da mão dos portugueses, mas "percebeu-se rapidamente que também era pertinente conhecer as áreas de contacto dos dedos com os dispositivos de touch screen e displays interativos", desvenda o responsável.

No primeiro caso, a caracterização da mão, ao nível das suas dimensões, é de natureza genérica e permite apoiar o desenvolvimento de produto, desde o vestuário até ferramentas básicas, entre outros. A investigação da interação com interfaces tecnológicos é consensualmente considerada muito pertinente pela proliferação desses interfaces, e "estes dados ganharam grande importância desde que concebemos o projeto inicial", sustenta o especialista em ergonomia, para sublinhar que o desenvolvimento das tecnologias mais recentes confere uma relevância ainda maior a este estudo da interação, já que "privilegiam uma exploração máxima de uma relação física produto/utilizador, criando mesmo uma relação física virtual". O desenvolvimento destes produtos está a levar a tendência para um tipo de utilização que começa a abordar o campo de sensação física. Pedro Azeres prevê que num futuro muito breve "os ecrãs lisos e rígidos podem dar lugar a ecrãs que permitam ter, por exemplo, feedback tátil, em que a interação nos simula o contacto físico real com botões e sistemas físicos".

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(Pub. Abr/2015)

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