sangue--2-5702015
Academia, 25.03.2015
Campus de Gualtar superou as expectativas e mostrou que nas suas veias corre muita “solidariedade”!
UMinho
Nas veias da Comunidade Académica do Campus de Gualtar corre a "Solidariedade", corre também uma grande vontade de ajudar quem mais precisa e por isso foram várias as centenas de alunos, docentes e funcionários que hoje estenderam o braço contribuindo com 471 Dadores Inscritos e 41 Recolhas de Sangue para Análise de Medula.


A Campanha de Dádivas de Sangue e Recolha de Sangue para Análise de Medula que hoje decorreu durante todo o dia no Campus de Gualtar teve o "vento" a seu favor e surpreendeu positivamente ao atingir números que já não se verificavam há alguns anos. "Estamos quase nos recordes de há alguns anos atrás" referia o técnico do IPS, José Cardoso. Sem se perceber muito bem o porquê desta tão grande afluência de pessoas aos postos de recolha, o técnico comentava "estamos mesmo a recuperar a dinâmica de outros anos".

Assim, ao longo do dia foram muitas e muitas as pessoas que não quiseram perder a oportunidade de contribuir com o seu sangue, não só para o aumento das reservas de sangue do Instituto Português do Sangue (IPS) como para o aumento da base de dados do Centro de Histocompatibilidade da Região Norte ficando como possíveis dadores de medula.

O movimento notou-se durante todo o dia, com a informação a chegar às pessoas através das redes sociais, pelos cartazes espalhados pelo campus, por email ou através do "passa a palavra". A verdade é que os técnicos no terreno não tiveram muito tempo de descanso, com a azáfama a prolongar-se quase até às 19h30.

Uns pela primeira vez, outros porque já é um ato habitual, uns por decisão própria, outros convencidos pelos colegas, a iniciativa não podia ter corrido melhor, mostrando uma Academia muito solidária e mostrando que está assegurar o futuro das dádivas de sangue no nosso país, não fossem estes estudantes, o nosso futuro!

Na fila para fazer a sua dádiva pela primeira vez estava Cláudia Andrade (Gestão). A aluna que referiu a iniciativa como "excelente" estava a caminho de concretizar uma "vontade que já tinha há muito tempo" e por isso com a campanha a decorrer no interior do campus decidiu vir concretizá-la, pois como disse "há sempre quem precise e não custa nada ajudar". O medo das agulhas é segundo Cláudia, o maior impedimento para que as pessoas tomem a decisão de vir dar sangue, mas acrescentando que "este é um gesto tão fácil, para nós é pouco mas posso estar a ajudar muito alguém" afirmou.

Também na sua primeira experiência como dadora estava Bruna Fernandes (Biologia Aplicada) a quem os 18 anos deram também a possibilidade de poder vir contribuir. Por solidariedade com quem mais precisa e por pensar que um dia pode ser ela a precisar, Bruna vê nesta atitude uma forma muito fácil de ajudar, pois como afirmou "não custa nada". Para a estudante, o sentido de responsabilidade e o preenchimento a nível pessoal são as principais razões porque não quês faltar à iniciativa.

Já orgulhoso da sua ação e com um sentimento de "satisfação" estava Marco Leite (Ciências do Ambiente) que veio por sugestão da namorada, mas a quem não foi preciso convencer "aderi logo" disse. Depois de ter contribuído com 450 ml de sangue, Marco mostrava-se "feliz" por o ter feito, referindo que "sinto-me bem por estar a ajudar outras pessoas com esta dádiva".

Com esta colheita, e depois de há 15 dias a campanha ter decorrido no campus de Azurém, as duas colheitas resultaram num surpreendente resultado de 666Dadores Inscritos e 80 Recolhas de Sangue para Análise de Medula , um número que conseguiu superar as expectativas, ultrapassando os resultados da última campanha decorrida em setembro (também nos dois campi), a qual alcançou 440 dadores inscritos e 11 recolhas de sangue para análise de medula .

Mais uma vez a UMinho e a sua comunidade académica mostraram a sua extrema nobreza e generosidade e colocaram os "outros" em primeiro lugar!


Texto: Ana Coimbra

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Mar/2015)

Arquivo de 2015