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Academia, 25.02.2015
Deficiências no processo de avaliação dos centros de avaliação da ECUM poem em causa financiamento
UMinho
Em dia de celebração dos 40 anos, após aquilo que foi o recordar do trajeto da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) ao longo destes 40 anos, feito pela presidente da Escola, Estelita Vaz, as intervenções centraram-se no processo de avaliação feito pela Fundação para a Ciência e Tecnologia a três centros da ECUM que têm causado algum desconforto aos responsáveis da unidade e da Universidade que discordam das classificações atribuídas e dos critérios utilizados.


A cerimónia comemorativa contou com um auditório cheio, fazendo parte da plateia, alunos, professores, elementos da equipa reitoral, presidentes de Escola, bem como alguns fundadores da Escola que neste momento tão importante, fizeram questão de mais uma vez estarem presentes.

Na sua intervenção, Estelita Vaz fez questão de realçar a importância e dimensão da ECUM no seio da Universidade, destacando os 2662 estudantes da Escola distribuídos pelos três níveis, os 105 estudantes estrangeiros, oriundos de vários países. A nível da investigação, a Escola foi responsável em 2014, pela publicação de mais de 500 artigos, o que segundo esta, deverá rondar cerca de 25% dos artigos associados à UMinho. Para além disso, a ECUM submeteu no último ano duas patentes e as atividades por si promovidas conseguiram envolver mais de 9 mil pessoas, sobretudo jovens estudantes que ainda não ingressaram no ensino superior.

Ainda relativo ao problema do processo de avaliação dos três centros de investigação, a presidente de Escola afirmou que "está em curso um recurso" face à avaliação da FCT pois a Escola e a Universidade discordam das classificações atribuídas.

Na mesma linha, o Reitor, Antonio Cunha mostrou-se solidário com a Escola, dizendo que "é complicado comentar resultados de um processo sobre o qual temos imensas dúvidas", afirmando ainda que "a Universidade não deixará de continuar a levantar a sua voz e a corrigir aquilo que entendemos que são deficiências deste processo", apontando que os resultados são "inadequados e injustos".


Perante este problema, Antonio Cunha diz que é necessário "continuar a construir o futuro da Escola e da investigação", lembrando que há oportunidades que devem ser aproveitadas, como por exemplo as que se apresentam no âmbito quadro comunitário 2020, "É esse trabalho que deve ser feito de modo estratégico pelos órgãos da instituição, mas com o envolvimento de todos", acrescenta.

A ECUM, e perante uma das suas grandes apostas que é a interação com a sociedade, assinou protocolos com os quatro municípios do Quadrilátero Urbano (Braga, Barcelos, Guimarães e Famalicão) no intuito da promoção de atividades científicas junto das escolas secundárias dos quatro concelhos.

A sessão contou ainda com a presença de Mohan Munasinghe (Nobel da Paz em 2007), que veio falar sobre sustentabilidade ambiental, "Why transdisciplinary research is essential to build a sustainable world"foi o tema da palestra. Mohan apresentou ainda o seu apoio à candidatura de Guimarães, a Capital Verde Europeia em 2017.

Texto: Ana Marques

Fotografia: Nuno Gonçalves

(Pub. Fev/2015)

Arquivo de 2015