Tratou-se de um
evento com um programa estruturado e completo, uma vez que
envolveu a apresentação dos quatro ramos do curso: Eletrónica
Médica, Informática Médica, Biomateriais Reabilitação e
Biomecânica e Engenharia Clínica.
A sessão de abertura
contou com a participação do professor Guilherme Pereira (Vice
Presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho), da
professora Mariana Henriques (Vice Diretora do curso Mestrado
Integrado em Engenharia Biomédica), Carlos Videira (Presidente da
Associação de Estudantes da Universidade do Minho) e Joana Alves
(Presidente do Gabinete de Alunos de Engenharia Biomédica), os
quais manifestaram a importância do papel da Engenharia Biomédica
na sociedade atual, a relevância da realização das Jornadas e,
também, a extrema necessidade dos alunos se revelarem mais
pró-ativos e empreendedores.
Nos dias que
correm,empreendedorismo, a inovação e a
empregabilidade são conceitos fortemente utilizados pela
comunidade académica. Assim sendo, as jornadas, como um espaço de
partilha de ideias, conhecimentos e experiências, apostou na
presença de palestras relacionadas a estas
matérias.
A intervenção de
Joana Barbosa, técnica do LIFTOFF (Gabinete do Empreendedor da
AAUM) reportou-se precisamente sobre aspetos fundamentais para
alcançar o mercado de trabalho. "X Mandamentos do Empreendedor"
foi o título escolhido para incentivar e motivar os futuros
Engenheiros Biomédicos.
Entretanto, o evento
proporcionou outras sessões dedicadas àapresentação de casos de sucesso
de ex-alunos de Engenharia Biomédica da Universidade do Minho, no
que diz respeito ao conhecimento e à experiência de engenheiros
em Portugal e no estrangeiro.
Desta forma, os
atuais alunos confrontam-se com a realidade profissional e
tiveram a oportunidade não só para colocar questões aos profissionais, mas também
para conhecerem com mais detalhe as características ligadas aos
quatro ramos de mestrado do curso.
Segundo o testemunho
da Vânia Gaio, aluna do 4º ano do ramo de Engenharia Clínica "as
palestras dadas pelos oradores presentes foram muito
esclarecedoras e até inspiradoras."
Tendo em conta o
discurso dos palestrantes, as suas expetativas para o futuro
mostram-se de alguma forma positivas afirmando que "com a crise
que se faz sentir atualmente, e tendo em conta a numerosa
quantidade de recém-formados que estão a emigrar, sentimos sempre
algum receio de não arranjar emprego pela nossa terra Natal,
contudo, as apresentações feitas por ex-alunos do ramo de
Engenharia Clínica foram motivadoras ao ponto de nos fazerem
perceber que, com esforço e alguma insistência, podemos encontrar
boas oportunidades de trabalho por cá." Contudo, através da
apresentação "Pontecial Eramus", do Eng. José Pedro Silva, Vânia
considera também que "emigrar é também uma opção a considerar,
pois alargar os nossos horizontes é uma forma de nos enriquecer
quer a nível pessoal, quer a nível
profissional."
Relativamente à
sessão "Percurso e Experiências de uma Ex-Aluna de Engenharia
Clínica", a Eng. Sofia Mendoça frisou a ideia que esta área do
saber ainda está a dar os primeiros passos e, por isso, há uma
grande necessidade de criar especialistas. Neste sentido, a
futura engenheira salienta que a oradora "foi muito realista,
pois acredito que a profissão do Engenheiro Biomédico e as suas
potencialidades estão, finalmente, a ser reconhecidas por outros
profissionais da área da saúde. Se, por um lado, são ainda poucas
as pessoas que reconhecem o papel do Engenheiro Clínico na
sociedade, por outro, são cada vez mais as pessoas que ficam
convencidas da multivalência dos mesmos quando podem observar o
trabalho desenvolvido por estes."
A estudante sublinha
ainda que "as apresentações dos oradores foram, de certa forma,
um incentivo a darmos valor ao que aprendemos e diria até que foi
lançado, género de um desafio em darmos o melhor de nós para
mostrar ao resto do mundo aquilo de que somos capazes, exibindo
as nossas valências e mostrando que fazemos falta em muitas
empresas e instituições de saúde e investigação, precisando
apenas de uma oportunidade para o poder
provar."
O desfecho foi
protagonizado pela direção do GAEB que divulgou os
"X
Mandamentos do Engenheiro Biomédico". Esta iniciativa contou com
a colaboração de alguns alunos de Engenharia Biomédica que
mostraram as suas ideias de como deverá ser profissional e
pessoalmente um engenheiro.
(Pub. Dez/2014)