default-header-news
Academia, 20.12.2014
“Uma década de conhecimento partilhada contigo!”
UMinho
Entre os dias 17 e 19 de dezembro, no campus de Gualtar, em Braga docorreu a décima edição das Jornadas de Engenharia Biomédica impulsionada pelo Gabinete de Alunos de Engenharia Biomédica (GAEB) da Universidade do Minho.


Tratou-se de um evento com um programa estruturado e completo, uma vez que envolveu a apresentação dos quatro ramos do curso: Eletrónica Médica, Informática Médica, Biomateriais Reabilitação e Biomecânica e Engenharia Clínica.

A sessão de abertura contou com a participação do professor Guilherme Pereira (Vice Presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho), da professora Mariana Henriques (Vice Diretora do curso Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica), Carlos Videira (Presidente da Associação de Estudantes da Universidade do Minho) e Joana Alves (Presidente do Gabinete de Alunos de Engenharia Biomédica), os quais manifestaram a importância do papel da Engenharia Biomédica na sociedade atual, a relevância da realização das Jornadas e, também, a extrema necessidade dos alunos se revelarem mais pró-ativos e empreendedores.

Nos dias que correm,empreendedorismo, a inovação e a empregabilidade são conceitos fortemente utilizados pela comunidade académica. Assim sendo, as jornadas, como um espaço de partilha de ideias, conhecimentos e experiências, apostou na presença de palestras relacionadas a estas matérias.

A intervenção de Joana Barbosa, técnica do LIFTOFF (Gabinete do Empreendedor da AAUM) reportou-se precisamente sobre aspetos fundamentais para alcançar o mercado de trabalho. "X Mandamentos do Empreendedor" foi o título escolhido para incentivar e motivar os futuros Engenheiros Biomédicos.

Entretanto, o evento proporcionou outras sessões dedicadas àapresentação de casos de sucesso de ex-alunos de Engenharia Biomédica da Universidade do Minho, no que diz respeito ao conhecimento e à experiência de engenheiros em Portugal e no estrangeiro.

Desta forma, os atuais alunos confrontam-se com a realidade profissional e tiveram a oportunidade não só para colocar questões aos profissionais, mas também para conhecerem com mais detalhe as características ligadas aos quatro ramos de mestrado do curso.

Segundo o testemunho da Vânia Gaio, aluna do 4º ano do ramo de Engenharia Clínica "as palestras dadas pelos oradores presentes foram muito esclarecedoras e até inspiradoras."

Tendo em conta o discurso dos palestrantes, as suas expetativas para o futuro mostram-se de alguma forma positivas afirmando que "com a crise que se faz sentir atualmente, e tendo em conta a numerosa quantidade de recém-formados que estão a emigrar, sentimos sempre algum receio de não arranjar emprego pela nossa terra Natal, contudo, as apresentações feitas por ex-alunos do ramo de Engenharia Clínica foram motivadoras ao ponto de nos fazerem perceber que, com esforço e alguma insistência, podemos encontrar boas oportunidades de trabalho por cá." Contudo, através da apresentação "Pontecial Eramus", do Eng. José Pedro Silva, Vânia considera também que "emigrar é também uma opção a considerar, pois alargar os nossos horizontes é uma forma de nos enriquecer quer a nível pessoal, quer a nível profissional."

Relativamente à sessão "Percurso e Experiências de uma Ex-Aluna de Engenharia Clínica", a Eng. Sofia Mendoça frisou a ideia que esta área do saber ainda está a dar os primeiros passos e, por isso, há uma grande necessidade de criar especialistas. Neste sentido, a futura engenheira salienta que a oradora "foi muito realista, pois acredito que a profissão do Engenheiro Biomédico e as suas potencialidades estão, finalmente, a ser reconhecidas por outros profissionais da área da saúde. Se, por um lado, são ainda poucas as pessoas que reconhecem o papel do Engenheiro Clínico na sociedade, por outro, são cada vez mais as pessoas que ficam convencidas da multivalência dos mesmos quando podem observar o trabalho desenvolvido por estes."

A estudante sublinha ainda que "as apresentações dos oradores foram, de certa forma, um incentivo a darmos valor ao que aprendemos e diria até que foi lançado, género de um desafio em darmos o melhor de nós para mostrar ao resto do mundo aquilo de que somos capazes, exibindo as nossas valências e mostrando que fazemos falta em muitas empresas e instituições de saúde e investigação, precisando apenas de uma oportunidade para o poder provar."

O desfecho foi protagonizado pela direção do GAEB que divulgou os "X Mandamentos do Engenheiro Biomédico". Esta iniciativa contou com a colaboração de alguns alunos de Engenharia Biomédica que mostraram as suas ideias de como deverá ser profissional e pessoalmente um engenheiro.

Texto: Marta Alves


(Pub. Dez/2014)

Arquivo de 2014