Carlos Videira, presidente da AAUM, foi o primeiro a discursar, afirmando que "o último mandato foi exigente", que se ultrapassaram "inúmeros desafios", mas que provou, sobretudo, "um enorme empenho". Para o futuro, espera um projeto assente na "continuidade". No entanto, disse ter a ambição de fazer mais e melhor: "Uma associação académica é um projeto inacabado. É preciso ser criativo, responsável, ser autêntico, pensar em novas soluções, ser solidário, e ser reivindicativo".
O presidente
reeleito aproveitou também para deixar fortes críticas à forma
como o governo tem gerido o Ensino Superior. Para ele, as
instituições governamentais não cumpriram as promessas
estabelecidas. "O atual governo falhou compromissos, adiou
reformas e retirou autonomia às instituições, colocando
obstáculos à sua competitividade, sem visão estratégica de
futuro", disse.
Por isso, assume que "a defesa do ensino superior em Portugal exige vozes ativas que tenham a capacidade de demonstrar o seu papel fundamental na construção de um país mais justo, mais inclusivo e mais desenvolvido".
Carlos Videira disse
ainda que a AAUM pretende trabalhar, conjuntamente com a
reitoria, no sentido de proporcionar o bem-estar da comunidade
académica, alertando para a questão da segurança nos campi, que
referiu ser "bastante preocupante", apelando ainda às autoridades
que "reforcem o policiamento e a rede de iluminação nas zonas
mais problemáticas".
Por fim, Videira agradeceu a todos os elementos que cessaram funções, "pelo tempo que dedicaram em função de uma causa". Para este novo mandato, assegura que a AAUM "vai ser ambiciosa e que vai trabalhar incansavelmente, sempre com humildade".
Para António Cunha, "os novos desafios que se impõem às universidades fazem com que estas tenham a necessidade de se reinventar". Na sua opinião, a AAUM tem feito um trabalho de excelência, já que não tem ficado parada no tempo: "A Associação Académica da Universidade do Minho tem sabido adaptar-se aos novos tempos, através das estratégias que tem vindo a tomar". Nesse sentido, aproveitou para agradecer o "grande empenho que a associação tem demostrado" e que "orgulha a UM".
Também de acordo com o reitor, "a AAUM tem vindo a conquistar um lugar de destaque no que toca à promoção da cidadania e de valores humanísticos". Espera, no futuro, que essas estratégias se mantenham e que o compromisso com a reitoria também.
António Cunha
aproveitou também para manifestar uma palavra de apreço tanto à
Câmara Municipal de Braga como de Guimarães: "Agradeço o empenho
e a relação muito fluida e sobretudo efetiva que temos vindo a
manter com estas Câmaras Municipais, respondendo a alguns dos
receios e desafios que a AAUM tem".
Terminando, o responsável universitário, destacou o facto do ato eleitoral de 2014 ter sido "um dos mais concorridos dos últimos anos" e congratulou, por isso, todas as listas concorrentes.
Manuel Barros,afirmou que as tomadas de posse de associações deste género são, para a instituição que gere, "um momento de expectativa, significando um ato de promoção ao associativismo estudantil e na aposta da sua dignificação", que é muito importante para "incentivar a participação cívica", de forma a que se procurem "soluções e respostas para problemas concretos dos estudantes".
O Diretor Regional do Norte do IPDJ elogiou "o sucesso da AAUM" nos últimos anos, aproveitando, em particular, para fazer um reconhecimento público a Carlos Videira que, na sua opinião, teve sempre "contributos competentes". Para o ano que se segue, espera que "esta forma de atuação continue".
Para este novo mandato, o responsável do IPDJ atestou que a AAUM pode confiar no IPDJ, promovendo, assim, uma imagem de união: "Contem connosco que nós também contamos convosco".
A cerimónia contou
também com a presença do Coro Académico da Universidade do Minho,
que brindou todos os presentes com várias intervenções musicais,
entre elas com o Hino da UM.
Texto: Telmo
Crisóstomo
(Pub. Jan/2014)