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Academia, 09.12.2014
Engenharia civil continua imprescindível na sociedade atual
UMinho
No passado dia 3 de dezembro, no salão nobre da Reitoria da UMinho assinalou-se mais um grande momento para os alunos de Engenharia Civil com a entrega das Bolsas de Estudo e Mérito a vários alunos. Uma iniciativa que surge da parceria entre a UMinho e várias empresas ligadas à Engenharia, Construção Civil e Obras Públicas, que resultou num Programa de Bolsas de Estudo em Engenharia Civil, de forma a cativar e apoiar novos talentos.

Ao longo de todo o curso, este projeto permite oferecer bolsas de estudo e mérito que equivalem ao pagamento das propinas a 45 alunos do Mestrado Integrado em Engenharia Civil, num pacote financeiro na ordem dos 250 mil euros. Além disso, é uma iniciativa que proporciona uma oferta de estágios e um duplo diploma, entre outras ações, durante três anos.

Jorge Pais, docente de Engenharia Civil, alertou para a extrema relevância do mundo da engenharia, sobretudo a engenharia civil, para o crescimento e desenvolvimento da vida social. Sendo uma área que está em qualquer lugar e que a sociedade carece substancialmente, a qual merece ser estudada e a maior consideração.

Segundo afirmou "a cada ano há 15 bolsas para oferecer aos estudantes", contudo, somente foi possível conceder a seis, dado que foi exatamente este, o número de alunos que entraram para o curso este ano letivo.Um número bastante assustador, que "não serve para a quantidade de empresas que estão sempre a necessitar de engenheiros", citou o engenheiro e docente da academia minhota.

Até há poucos anos, a média do número de alunos por ano que chegavam ao curso de Engenharia Civil na UMinho rondava mais de uma centena. Neste sentido, Jorge Pais mencionou que "há dois anos, quando se verificou esta crise de vocações em Engenharia Civil, a UMinho colocou 20 alunos", isto é, existe uma clara e evidente diminuição do número de alunos de um ano para outro.

Com o objetivo de combater o quadro preocupante do número de candidatos ao curso, e para que as empresas contrariem a tendência e evitem que, no futuro, Portugal tenha de importar engenheiros civis, a iniciativa de cooperação entre a Universidade e determinadas empresas permite incentivar o interesse dos alunos pela área da Engenharia Civil, de forma a reverter todo este cenário de quebra de procura e uma excelente oportunidade para alcançar um início de carreira profissional.

As empresas que participam neste projeto são: ABB, ascendi, CASAIS, CJR, cype, dst group, MOTA ENGIL, e tabique xispoli.

Na exposição das suas ideias, Jorge Pais sublinha que, nos últimos tempos, tem-se verificado uma forte diminuição ao nível da construção em Portugal, no entanto, há várias empresas portuguesas que estão inseridas em mercados externos com engenheiros nacionais. Acrescenta também que em muitos países da Europa há uma falta acentuada de engenheiros, o mesmo acontece em países africanos e da América Latina, locais onde as empresas portuguesas se mostram cada vez mais ativas. 

No final da cerimónia, o reitor António Cunha, expressou uma especial saudação aos estudantes, proferindo algumas palavras de satisfação e de entusiasmo . Além disso, ressaltou a ideia que é muito importante estabelecer uma formação qualificada e garantir um maior bem-estar à comunidade estudantil.

Texto: Marta Alves

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Dez/2014) 

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