O artigo premiado - intitulado ''Recursive preferences, consumption smoothing and risk premium'' - concluiu, com base em dados trimestrais de 16 países da OCDE, que o crescimento do consumo, o rácio consumo-riqueza e a variação neste rácio são fatores que explicam uma fração importante da rendibilidade real das ações. O trabalho desenvolveu um modelo teórico que combina preferências recursivas e a restrição orçamental do investidor para relacionar o risco de longo-prazo e a rendibilidade de ativos financeiros. ''O modelo capta a preferência dos investidores por um padrão de consumo relativamente estável ao longo do tempo e o prémio de risco elevado exigido pelos agentes económicos quando têm expectativas de uma deterioração das condições económicas no longo prazo'', contextualizam os investigadores.

Manuel Rocha Armada é professor catedrático e presidente da EEG e investigador do NIPE - Núcleo de Investigação em Politicas Económicas daquela escola. É licenciado em Gestão no ISEG (Lisboa), mestre em Management Science na Universidade de Kent e doutor em Business Administration na Manchester Business School (Reino Unido). É membro da Academia Mexicana de Ciências Administrativas e do conselho editorial de revistas como ''European Journal of Finance'', ''Frontiers in Finance and Economics'', ?The International Journal of Business'' e ''Finance India''. Já foi diretor do mestrado em Finanças na UMinho, presidente da European Financial Management Association, além de ter integrado a direção da Multinacional Finance Society.Já foi visiting scholar  na London Business School, Manchester Business School e The Wharton School, entre outras.

Ricardo Sousa é professor auxiliar e investigador do NIPE. Foi um dos primeiros licenciados em Economia pela UMinho e fez o mestrado em Política Económica. Em 2008 concluiu o doutoramento em Economia na London School of Economics and Political Science (LSE). Já trabalhou com investigadores de instituições de vários países, nomeadamente o BCE, a OCDE, o FMI, o Financial Markets Group da LSE, o Queen Mary University of London, o Banco de França e o Banco de Portugal. Acaba de ter um projeto de investigação internacional com financiamento aprovado pelo Europlace Institute of Finance, em França.

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(Pub. Abr/2014)