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Academia, 11.03.2014
UMinho discutiu futuro da Economia
UMinho
Na passada quarta-feira, dia 5 de março, realizou-se a sessão "UM futuro para a Economia", no âmbito da celebração dos 40 anos da Universidade do Minho (UMinho). O evento teve lugar na Reitoria da UMinho, em Braga pelas 18h00. O mesmo contou com a participação de Daniel Bessa (COTEC Portugal) e de Alexandre Soares dos Santos (Jerónimo Martins) sendo o moderador da sessão, o Professor Manuel Caldeira Cabral da Universidade do Minho.


Alexandre Soares dos Santos destacou a necessidade de inovação por parte das universidades, referindo que "As universidades têm que cortar porque não há, mas devem dizer basta e apresentar ao país planos". Acrescentado ainda que "Nós precisamos de ser aconselhados. Não podemos estar nesta sociedade bairrista de Lisboa".

Outro dos temas foi a questão da saída da sede de muitas empresas portuguesas de Portugal, bem como o do processo de privatização e de fusão das empresas.

A situação económica portuguesa e a forma como ela é gerida foram outros temas abordados nesta conferência. "Gastamos dinheiro quando o temos e depois andamos a pedir ajuda aos outros", afirmou Alexandre Santos. Reforçando ainda que "O Estado gasta e ninguém controla". Ainda sobre a situação económica do país, o mesmo afirmou que "Não podemos estar sempre a pedir ao governo subsídios para isto e para aquilo, temos que impor a nossa vontade e fazer valer os nossos direitos na AR". Mostrando o seu desânimo, o representante da Jerónimo Martins comentou: "Nunca houve um Primeiro Ministro que me chamasse para discutir a nossa proposta".


Tal como não podia deixar de ser, a austeridade esteve em "foco" no debate. Sobre o assunto, Daniel Bessa falou sobre as questões fiscais em Portugal e do panorama europeu. O Diretor geral da COTEC Portugal lembrou o caso de empresas portuguesas que mudaram a sua sede para noutros países para evitar impostos. Ainda na mesma linha, abordou-se o possível programa cautelar e as relações políticas que podem sair daí. "Não sei se alguém pode olhar para o país com certezas", disse Daniel Bessa, e continuando afirmou que "Se alguma coisa nos divide é o grau de confiança, com o governo a evidenciar uma confiança excessiva apoiando-se em fatores que são efetivamente positivos, mas não tanto".

O final desta conferência foi marcado por uma sessão de perguntas e de esclarecimento de dúvidas.

No âmbito das comemorações do 40º aniversário da UMinho, esta sessão foi a segunda do ciclo de conferências que a UM irá a promover até Outubro.

Texto: Bárbara Martins 

Fotografia: Barrote


(Pub. Mar/2014)

Arquivo de 2014