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Academia, 14.03.2014
EEG com os olhos posta no futuro
A Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (EEG) celebrou o seu 32º aniversário no passado dia 10 de março, numa cerimónia em que se celebrou o percurso da EEG. A cerimónia teve início com a apresentação de um vídeo que destacou a evolução da Escola, o seu crescimento, as parcerias e ainda o nível de internacionalização da mesma.

O presidente da EEG, Rocha Amada, no seu discurso apresentou um projeto, chamado ?UMinho Exek? que pretende criar uma nova forma de ensino, aproveitando os recursos materiais e pessoais da Escola. Assim, o investimento é mais baixo o que facilita a sua aplicação, no entanto, precisa de algum investimento. O Reitor, António Cunha disse que a reitoria considerou o projeto importante e anotou a necessidade de investimento, referindo que ?o futuro de cada um e da UMinho passa por apostar nestes projetos?, reforçando ainda que ?o modo como ensinamos vai mudar e vai exigir mudanças do corpo docente, sendo que a UMinho está a trabalhar para essas mudanças?.

António Cunha destacou ainda os ?indicadores interessantes da investigação? da Escola, sublinhando o percurso feito.

Em tempos de crise, a conjuntura económica não foi esquecida, referindo e o Reitor que o futuro traz novos desafios mas que ?vivemos confrontados pelos tempos que vivemos?, sublinhando ainda que ?os tempos são o que são, em Portugal e na Europa e esta vai perdendo o lugar que já teve no mundo?. Indo de encontrou ao que tinha referido no 40º aniversário da UMinho, renovou o desejo de que a Universidade ?precisa de autonomia? mesmo que isso traga responsabilidades, algo que a UMinho concorda.

Ainda no âmbito das comemorações, o professor Miguel José Ribeiro Cadilhe da Universidade Católica Portuguesa proferiu a palestra intitulada ?Reformar o Estado?. Miguel Cadilhe referiu que a reforma do estado já vem tarde e que está mal, defendendo que, assim como está planeada, não devia ter aparecido. ?A reforma do Estado deveria ser definitiva? e nesta ?não se encontra uma única referência à descentralização política, como a constituição manda?, referiu. Para o professor, a reforma do estado apresentada é centralista e que não há nada previsto para aproximar o poder central dos concelhos. Afirmando ainda que Portugal está num patamar excessivo em termos de carga fiscal, ?acima do que é razoável?. Relativamente à questão das rescisões que o governo pretende levar a cabo, considera importante perceber as consequências económicas desse processo, isto porque se as rescisões foram ?feitas com dignidade?, o peso económico é muito elevado.

Miguel Cadilhe referiu ainda que Portugal tem 20 anos para baixar a divida até atingir os patamares que as regras europeias definem. Par que isso aconteça, Portugal não precisa só de austeridade, ?é preciso investir e o investimento está nas ruas da amargura?, acrescentou. O investigador defende que Portugal tem de ir à Europa pedir compreensão relativamente à sua situação e conceder a Portugal exceções e não subsídios.

A cerimónia terminou com a entrega de cartas de curso, bolsas de mérito e o Prémio de Investigação da EEG 2013, concedido a Cristina Amado pela investigação nas políticas económicas e com uma sessão poética realizada por atores de um grupo de teatro amador.

Texto: Ana Teixeira

Fotografia: Barrote


(Pub. Mar/2014)

Arquivo de 2014