O trabalho premiado pretendeu modificar as propriedades da superfície dos implantes para que estes sejam reconhecidos pelo organismo humano como um agente interno. "Esta nova superfície mimetiza a estrutura do osso, além de acelerar o processo de osteointegração(união estável e funcional entre o osso e uma superfície estranha ao organismo)", realça Cristiana Alves. Tais propriedades foram alcançadas através da utilização de um material novo nesta área, o tântalo, que tem uma excelente capacidadepara "osteointegrar" com o tecido ósseo e uma eficiente resposta biológica comparativamente aos implantes de titânio comercializados.
"Esta inovação é
extremamente importante, uma vez que o número de cirurgias para
colocar implantes dentários tem vindo a aumentar
consideravelmente", afirma a galardoada. Dos cerca de um milhão
de implantes realizados anualmente no mundo, 47% falha
precocemente, antes da implantação da coroa artificial e devido
principalmente à lenta osteointegração. Aliás, 70% das próteses
dentárias apresenta complicações logo no primeiro ano de uso
por causa do aparecimento de doenças
decorrentes da implantação.
A investigação, intitulada "Desenvolvimento de revestimentos
nanoestruturados para implantes osteointegrados", foi
desenvolvida no Centro de Física daEscola de Ciências da
UMinho, sob
orientação da professora Sandra Carvalho.
O prémio foi entregue no evento comemorativo "Dia Mundial dos
Materiais", que teve lugar na sede da Ordem dos Engenheiros de
Coimbra. A iniciativa contou com a organização da Sociedade
Portuguesa de Materiais e do Colégio de Engenharia de Materiais
da Ordem dos Engenheiros. Estas entidades distinguem todos os
anos os melhores trabalhos desenvolvidos por estudantes
finalistas de mestrados ligados às Ciências e à Engenharia de
Materiais em Portugal.
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(Pub. Nov/2013)