Ângela Abreu ganhou ainda uma bolsa "travel grant" da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. O trabalho distinguido, "Biohydrogen production using bionanocoatings for immobilizing highly efficient hydrogen-producing bacteria", tem a colaboração da Universidade da Carolina do Norte (EUA) e o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
"Os processos de produção de hidrogénio são sobretudo feitos a partir de combustíveis fósseis. O nosso processo é inovador por recorrer a resíduos orgânicos e a efluentes, ou seja, é 100% biológico", explica Ângela Abreu. "Este bio-hidrogénio é um vetor energético que pode depois ser usado em células de combustível para produção de eletricidade, entre outras aplicações", realça.
A equipa de investigação utiliza bactérias altamente eficientes, que conseguem decompor os resíduos orgânicos e, desta forma, produzir bio-hidrogénio. Esta reação decorre em laboratório num reator anaeróbio (com ausência de oxigénio), adaptado ao ecossistema destas bactérias. Uma grande mais-valia do projeto é a imobilização das bactérias nos reatores através de um revestimento de latex com nanoporos que permite a troca da matéria orgânica e do hidrogénio.
Natural de Famalicão e com 37 anos, Ângela Abreu é investigadora de pós-doutoramento no grupo BRIDGE do Centro de Engenharia Biológica da UMinho, coordenado por Madalena Alves. Fez a licenciatura em Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o mestrado em Tecnologias Ambientais pela UMinho e o doutoramento em Engenharia Química e Biológica pela UMinho, em colaboração com a Universidade Técnica da Dinamarca.
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(Pub. Nov/2013)