Submetida ao tema, Integridade académica: procedimentos éticos e situações de conduta imprópria, a jornada teve como objetivopromover a análise, reflexão e debate sobre os valores de conduta e elevar a integridade académica, prevenir e detetar a fraude académica, em especial o plágio, fabricação e falsificação de resultados, o evento juntou personalidades, tais como, o Reitor da UMinho, a Vice-reitora Graciete Dias, o Professor Licínio Chaínho Pereira, a Professora Cecília Leão, entre outros, que nas suas intervenções pretenderam sensibilizar a Academia para os procedimentos e mecanismos a seguir pelos docentes/investigadores para obtenção de pareceres éticos na formulação de propostas de projetos de investigação.
A iniciativa partiu da Comissão de Ética da UMinho, presidida peloProfessor Chaínho Pereira, e fez parte de um caminho que tem vindo a ser traçado pela Academia, tal como referiu António Cunha "este é um processo muito importante para a Universidade" num mundo cada vez mais globalizado, assume que a UMinho "quer ter marcas identitárias, tais como, o conhecimento, a dimensão criativa e a dimensão ética".
A UMinho dispõe desde o ano passado de um código de conduta ética que "estabelece uma afirmação de valores e um conjunto de normas que orientam a missão daInstituição nas suas atividades de ensino e aprendizagem, de formação, de investigação científica e de interação com a sociedade, alicerçando-se nos princípios éticos de equidade e justiça, do respeito pela dignidade da pessoa humana e da responsabilidade pessoal e profissional, em obediência à lei geral e aos estatutos da Universidade e demais regulamentos e legislação aplicável." Tal como afirmou Graciete Dias "a UMinho assumiu um compromisso com a ética" para isso foi criada uma Comissão de Ética da Universidade do Minho (CEUM) e uma Subcomissão de Ética para as Ciências da Vida e da Saúde (SECUS), as quais têm desenvolvido "um trabalho notável" afirmou o Reitor.
Chaínho Pereira, apresentou alguns dos procedimentos éticos e situações de conduta ética condenável, tais como casos de batota, falsificação, fabricação e plágio, referenciando também alguns mecanismos atualmente à disposição, para deteção de fraudes. O Presidente da Comissão de Ética falou ainda de algumas das consequências académicas e legais de condutas éticas ou legalmente abusivas e das formas de proteger a integridade e prevenir condutas não éticas. O Professor alertou ainda para que "a Universidade e os orientadores expliquem aos estudantes o que são as condutas não éticas", explicando o que pode ser ou não plágio para que não caiam no erro, muitas vezes por desconhecimento, os quais podem ter consequências muito graves, desde anulação de exames, à perda de anos, expulsão da instituição, cassação de graus ou "papers", entre outros.
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Out/2013)