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Academia, 18.10.2013
Professor da UMinho vai avaliar candidaturas a Património Mundial
UMinho
José Manuel Lopes Cordeiro, professor do Departamento de História da Universidade do Minho, foi convidado para consultor do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS), organismo da UNESCO responsável pelas atribuições do estatuto de Património da Humanidade. O português integra assim o grupo restrito e multidisciplinar de peritos que avaliam as candidaturas, atuando diretamente nas propostas ligadas à arqueologia e património industrial.


"O convite deixa-me contente e, de certa maneira, surpreendido. Acaba por ser um reconhecimento do meu trabalho há quase três décadas nesta área e na direção de entidades como o Comité Internacional para a Conservação do Património Industrial (TICCIH), um organismo consultor da UNESCO", diz Lopes Cordeiro. O investigador sublinha que a UNESCO tem recebido crescentemente candidaturas de todo o mundo no âmbito do património industrial, pelo que houve necessidade de reforçar as equipas de avaliadores.

Cada candidatura que chega é analisada por diversos peritos, que elaboram pareceres para que a decisão final seja inequívoca. A estrutura do ICOMOS inclui arquitetos, historiadores, arqueólogos, historiadores de arte, geógrafos, antropólogos, engenheiros e urbanistas. Esta organização tem sede em Paris e é a única ONG a trabalhar de forma integrada na conservação e proteção de locais de património cultural.

Investigador de referência na arqueologia industrial

José Manuel Lopes Cordeiro nasceu há 59 anos e vive em Braga. É doutorado em História Contemporânea pela UMinho, na qual é professor do Departamento de História desde 1988 e investigador do CITCEM - Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória. Preside à Associação Portuguesa para o Património Industrial, é diretor do Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave, diretor da revista "Arqueologia Industrial" e representante português do TICCIH. Está ainda no conselho editorial de quatro revistas internacionais e publicou dez livros e mais de 50 artigos científicos, sobretudo sobre arqueologia industrial e história económica e política. Foi também diretor científico do Museu da Ciência e Indústria do Porto, coordenador nacional do projeto do Conselho da Europa "Itinerários Culturais Europeus: As Rotas do Têxtil" e colaborou no "Dicionário de História de Portugal".

Portugal tem 16 locais Património Mundial distinguidos desde 1983: os centros históricos de Angra do Heroísmo, Évora, Porto e Guimarães; as paisagens culturais de Sintra e da vinha da ilha do Pico; os mosteiros dos Jerónimos, Batalha e Alcobaça; a Torre de Belém; o Convento de Cristo; a Universidade de Coimbra, Alta e Sofia; a região vinhateira do Douro; a floresta Laurissilva da ilha da Madeira; a arte rupestre do Vale do Côa; e as fortificações de Elvas. É um dos países com mais monumentos classificados, sendo que a influência da presença portuguesa é reconhecida pela UNESCO a nível mundial, desde o Paraguai à Tanzânia ou ao Sri Lanka, entre outros.

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(Pub. Out/2013)

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