O lisboeta Urbano Tavares Rodrigues foi um dos maiores autores portugueses do século XX. Licenciou-se em Filologia Românica e doutorou-se pela Universidade de Lisboa, na qual viria a ser professor catedrático. Opositor ao Estado Novo, foi impedido de lecionar, preso em Caxias e exilado na França, onde conheceu vários intelectuais. Foi membro da Academia de Ciências de Lisboa e da Academia Brasileira de Letras. A sua vasta obra literária e ensaística, traduzida em inúmeros idiomas, acumulou prémios como o da Associação Internacional de Críticos Literários, da Imprensa Cultural, Ricardo Malheiros, o Vida Literária da APE, o de Consagração de Carreira da SPA e o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco. O autor marcou em particular o neorrealismo luso ao fazer pontes com a literatura francesa e o realismo mágico da América Latina. Teve também textos influentes na imprensa e dirigiu a revista "Europa".
O seu último livro, "Nenhuma Vida", sai ainda este ano pela LeYa/D. Quixote, abordando temas habituais como a luta política e social, a solidariedade, as relações humanas e a sexualidade. O prefácio era já um adeus: "Daqui me vou despedindo, pouco a pouco, lutando com a minha angústia e vencendo-a, dizendo um maravilhado adeus à água fresca do mar e dos rios onde nadei, ao perfume das flores e das crianças, e à beleza das mulheres. Um cravo vermelho e a bandeira do meu Partido hão-de acompanhar-me e tudo será luz".
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(Pub. Out/2013)