sangue--3-out2013
Academia, 30.10.2013
Azurém respondeu positivamente à chamada e conseguiu 149 Dadores Inscritos e 36 Recolhas de Sangue para Análise de Medula
UMinho
O Campus de Azurém foi ontem, 30 de outubro, durante todo o dia, palco para mais uma Dádiva de Sangue e Recolha de Sangue para Análise de Medula, num dia solarengo e segundo as estatísticas, mais propício para este tipo de iniciativas, a comunidade Académica de Guimarães respondeu positivamente à chamada e atingiu nada mais, nada menos do que 149 Dadores Inscritos e 36 Recolha de Sangue para Análise de Medula

Esta foi a última colheita deste ano civil, e com este resultado, a Universidade do Minho conseguiu, no total das quatro colheitas (duas em Gualtar e duas em Azurém) o excelente resultado de 870 dadores inscritos e 203 recolhas de Sangue para Análise de Medula, contribuindo generosamente, uma vez, mais para as reservas de sangue do IPS e para a base de dados de dadores de medula.

A Campanha que tem como promotores a Universidade do Minho através dos Serviços de Ação Social da UM (SASUM) e da Associação Académica da Universidade do Minho, é fruto de uma longa cooperação com o Instituto Português do Sangue e o Centro de Histocompatibilidade da Região Norte que dura há mais de 10 anos e que tem dado frutos muito positivos, tanto no que às reservas de sangue diz respeito, como no aumento da base de dados de possíveis dadores de medula óssea.

Esta "foi uma colheita que correu muito bem" referiu uma das técnicas do IPS presentes no local. Das 09h30 às 19h00, tanto o centro da operação localizado no hall da Escola de Engenharia, como o autocarro estacionado à entrada do Campus de Azurém foram os locais escolhidos por muitos dos estudantes para passar uns minutinhos em prol do próximo, um gesto que demorava entre 10 a 15 minutos e que poderá vir a salvar muitas vidas.

Segundo a Lei n.º37/2012 "É dever cívico de todo o cidadão saudável contribuir para a satisfação das necessidades de sangue da comunidade, nomeadamente através da dádiva".

Um desses bons exemplos foi Patrícia, uma estudante de Estatística Aplicada que embora com um pouco de pressa não quês deixar de fazer a sua dádiva "há um ano que fiz a minha última dádiva, depois disso ainda não tinha tido a oportunidade, por isso hoje resolvi aproveitar que a brigada estava cá na Universidade para o fazer novamente" disse. Quanto às razões que a levaram a ser dadora, a estudante referiu que sabendo que existem necessidades de sangue, pois não é algo que se possa fabricar e, por isso só depende da bondade de cada um a sua existência "todos nós devíamos fazer isto para que nunca haja falta de sangue, para além de podermos estar a salvar vidas, também poderemos um dia precisar e vamos gostar que alguém faça isto por nós". 

A UMinho, tem sido, já desde 2002 líder do Ranking Nacional de Dadores inscritos, em Instituições de Ensino Superior, para isso muito têm contribuído, tanto os dadores continuados, como aqueles que experimentam o gesto pela primeira vez na UMinho.

Um dos incipientes na colheita de hoje foi, Ailton, um estudante cabo-verdiano que só agora e, por questões de idade começou a ser dador de sangue. O Estudante de MIEGSI diz-se muito motivado para as questões da solidariedade "desde de quando vivia em referiu que "sempre gostei de ser solidário" sendo que a motivação para ser dador de sangue surgiu após a participação numa palestra onde alertavam para as necessidades de sangue "por isso resolvi aproveitar esta oportunidade e vir aqui contribuir para com o próximo, para além de que um dia também posso precisar" disse.

Também Célia Moreira estava a chegar junto do brigada do IPS para fazer a sua dádiva, a aluna de mestrado resolveu retomar o seu estatuto de dadora depois de ter estado uns tempos sem o fazer "recebi recentemente um novo cartão de dadora em casa e isso reavivou a minha vontade de ser dadora". Por isso, "vou aproveitar hoje a presença do IPS e voltar a contribuir, sendo que pretendo também inscrever-me como dadora de medula" afirmou.

Para Célia, todos devemos contribuir "não custa nada, se somos saudáveis porque não fazê-lo? Para além disso ainda podemos ter alguns benefícios, não só de saúde mas o ser dadores de sangue traz-nos alguns direitos também". 

Ao ser dador de sangue, a pessoa adquire alguns direitos, tais como, a isenção de taxas moderadoras no acesso às prestações do Serviço Nacional de Saúde, a ausentar-se das suas atividades profissionais, a fim de dar sangue, pelo tempo considerado necessário para o efeito, bem como a um seguro de dador, entre outros. 


Texto: Ana Coimbra

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Out/2013)

Arquivo de 2013