Para dar a conhecer todos os mecanismos postos à disposição de quem provar ser bom aluno, a UMinho levou a cabo, no passado dia 3 de julho uma conferência de imprensa onde apresentou os seus diversos prémios escolares em cada ano letivo e as suas mais-valias para os estudantes. A sessão decorreu, no salão nobre da Reitoria, em Braga, na qual estiveram presentes, o reitor António Cunha, o Vice-reitor para o Ensino e a Investigação, Rui Vieira de Castro, e a pró-reitora para a Comunicação e Imagem, Felisbela Lopes.
A Bolsa de Excelência, as Bolsas de Estudo por Mérito, as Bolsas de Estudo da Sociedade, as Bolsas de Mérito Desportivo, as Bolsas de Estudo da Ação Social Escolar, o Fundo Social de Emergência, os Prémios do dia da Universidade, os prémios das Unidades Orgânicas, o Prémio CGD, o Prémio Almedina e outras distinções de mecenas ou empresas permitem recompensar os que se esforçam para serem os melhores no conhecimento, uma forma de através do seu esforço e dedicação, da sua luta do dia-a-dia conseguirem formas de financiamento para os seus estudos, ou seja, como referiu a Pró-reitora, Felisbela Lopes "são formas de ter um percurso mas confortável".
Esta apresentação teve como motivo, não só dar a conhecer os prémios disponíveis, mas foi também uma mostra da preocupação da reitoria com os seus estudantes, tal como disse o Reitor "é preocupação garantir condições de estudo aos estudantes, uma preocupação que ganha ainda mais força na UMinho pois todos sabemos que está inserida num contexto socioeconómico ainda mais débil".
No total, a UMinho oferece aos melhores, 32 prémios que rondam os 37.000 euros e ainda 5.350 bolsas no valor de 11.187.920 euros. "é um esforço grande para a Universidade, como também vai ser também o esforço com o não aumento das propinas, tudo isto só é possível com as poupanças que a UMinho está a fazer nas mais variadas áreas" afirmou António Cunha.O Reitor, justificou o não aumento das propinas por causa da "difícil conjuntura económica que o país atravessa" e as dificuldades inerentes sentidas pelas famílias.
Entre algumas bolsas e prémios que já existem há alguns anos e outros que só mais recentemente foram criados, muito por causa da conjuntura económica e social, podem destacar-se as denominadas Bolsas de Estudo da Sociedade, que constituem assim um novo modelo de apoio e incentivo aos estudantes através do apoio da sociedade civil, entidades privadas (indivíduos ou empresas) que vão poder financiar os estudos de alunos da UMinho, já a partir do próximo ano letivo. O Reitor afirmou ainda que já estão garantidas a atribuição de 50 bolsas provenientes deste tipo de apoio, esperando que nas próximas semanas esse número aumente. "São essencialmente apoios de agentes locais, mas estamos recetivos a alargar esse leque de parceiros" disse.
A UMinho atribuiu ainda, as bolsas de excelência, que este ano foram atribuídas a 71 alunos. Sendo que estas, tal como explicou António Cunha "têm vindo a crescer e continuarão a crescer porque têm um processo de concretização até atingirem o total de uma bolsa para o melhor aluno de cada ano e de cada curso" estes têm de ter media superior a 16 valores, sendo também entregue aos melhores que entram para o 1º ano do curso. "Para o ano as nossas expetativas é que sejam na ordem das 110, e dentro de dois anos na ordem das 170 ou 180".
Outros dos mecanismos criados recentemente foi o Fundo Social de Emergência, atribuído apenas a estudantes que provem situações económico-sociais muito difíceis, até ao momento foram 30 os beneficiários, sendo que até final do ano talvez seja atribuído a mais 2 ou 3 estudantes. Para o ano, o Reitor planeia que a bolsa beneficie cerca de 100 estudantes.
Para além destes, foram outros os mecanismos apresentados, para que os estudantes possam ver as possibilidades que existem. Para o Reitor, estas ajudas são "o cumprimento dos objetivos da Universidade de desenvolvimento de todo o esforço possível para garantir que nenhum estudante abandone a Universidade por questões monetárias".
Um dos exemplos de alunos que só não deixaram de estudar muito derivado a estas ajudas, foi Cátia Ferraz (Vila Verde), estudante de 19 anos de Ciências da Comunicação, que acredita que o acesso ao ensino superior "é cada vez mais uma possibilidade para todos e que os impedimentos económicos das famílias não devem ser um impedimento real".
A aluna entrou no curso que desejou, embora em princípio tenha ficado apreensiva pois a informação também não era muita, mas a entrada na Universidade deu-lhe outra visão e como referiu "estas bolsas e os prémios escolares vêm aliviar e muito as nossas despesas universitárias e permite-nos fazer outras opções, são uma ajuda complementar que vai enriquecer muito a nossa experiencia Universitária". Para Cátia, os prémios, "para além do prazer de recebe-los, são também um estímulo ao trabalho e ao empenho e a prova de que realmente os bons resultados podem ser recompensados". A aluna afirma ainda, e falando por experiencia própria que "os recursos económicos deixaram de ser impedimentos, porque há recursos, instrumentos e formas de ajudar quem quer estudar, quem tem vontade mas se sente privado de o fazer por motivos económicos".
Texto: Ana Marques
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Jul/2013)