Para poder receber esta bolsa todos os alunos tiveram de obter nota igual ou superior a 16 valores, o valor da bolsa, equivalente ao valor da propina, pretende combater as "políticas erráticas que castram e fazem recuar a ação social", referiu o reitor António Cunha. A atribuição do prémio alargar-se-á progressivamente aos restantes anos curriculares.
A cerimónia contou
para além das presenças dos alunos presenteados, dos seus
familiares, bem como figuras ilustres da Academia, tais como o
Reitor da UMinho, António Cunha, alguns presidentes de Escola,
diretores de curso, equipa reitoral, Administrador do SASUM,
Provedor do estudante, Presidente da AAUM, entre outros.
A destacar nesta
cerimónia os dois melhores alunos, Maria Elisa Costa, da Póvoa de
Lanhoso ingressou este ano no curso de Medicina, com uma média de
19,57, enquanto Eduardo Dias foi o aluno com melhor desempenho no
ano transato, no curso de Física, o aluno atingiu a média de
19,42, "resultado de muito trabalho e empenho em prol de um
objetivo" disseram.
Dos 71 alunos que
receberam os diplomas "um terço são bolseiros de Ação Social"
referiu o Vice-reitor Rui Vieira de Castro para quem estas bolsas
são "um grande esforço financeiros para a Universidade" mas que o
assume como "uma forma muito importante de reconhecer o mérito".
Já o Reitor, Antonio
Cunha, referiu que "a Universidade é um lugar fundamental nas
sociedades de hoje", mas para que este posicionamento continue a
ser possível é preciso "existir talento e uma cultura de mérito
que tem de ser inerente à instituição universitária". Para o
responsável "é esta cultura de mérito que a UMinho assume de modo
claro e inequívoco" com a cerimónia de entrega das bolsas de
mérito.
António Cunha,
aproveitou a ocasião para chamar a atenção à tutela, referindo
que "os decisores não podem ter dúvidas sobre o papel do
conhecimento, da educação e da Universidade". Dizendo não
perceber como é que a UMinho tem taxas de sucesso superiores à
média nacional em programas de investigação europeus, no entanto
as suas médias nos programas nacionais são bastante mais baixas.
"Somos portugueses de mérito, mas somos maltratados por
responsáveis dessa política que teimam em castrar as esperanças
que temos no futuro e na ciência" disse.
Dirigindo-se aos estudantes premiados e aos outros disse "é imperioso que a passagem destes jovens pela Universidade seja muito mais que fazer um curso com boas classificações, é importante que a vossa passagem pela Universidade seja o processo do vosso desenvolvimento pessoal, da vossa preparação para serem cidadãos do mundo e construtores do seculo XXI".
Face ao contexto
atual e perante as dificuldades com os estudantes da UMinho se
deparam, sendo a instituição de ensino superior com mais
estudantes bolseiros, cerca de cinco mil alunos bolseiros, a
UMinho criou recentemente um fundo de emergência social que já
apoiou até ao momento 30 alunos, sendo que segundo o Reitor "este
ano prevê-se que a ajude chegue até cerca de 50 alunos". Neste
sentido, Antonio Cunha refere ser importante que a ação social
escolar seja dotada de meios financeiros para "garantir o
compromisso social" e apelou ainda à sociedade civil o seu apoio
para que as "dificuldades financeiras não limitem que um
estudante tenha acesso à formação superior".
1º Prémio
Literário Karingana Wa
Karingana/UMinho
Foi ainda entregue
pela primeira vez o Prémio Literário Karingana Wa
Karingana/Universidade do Minho. O galardão distingue anualmente
um aluno de Moçambique com uma bolsa de licenciatura na UMinho
(inclui propinas, alojamento e mensalidade), que tenha
apresentado a concurso o melhor conto inédito, com base num mote
sugerido pelo escritor Mia Couto, presidente do júri do
concurso.
Margarida Francisco
venceu a primeira edição do Prémio, com o seu conto "O sonho de
Marília", estando a estudar a partir deste ano letivo 2012/13 no
curso de Ciências da Comunicação da UMinho.
Texto: Ana Marques
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Mai/2013)