O trabalho, intitulado "IntellWheels: Cadeira de Rodas Inteligente com Interface Multimodal", já foi inclusive escolhido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia como projeto modelo. "A ideia foi sobretudo a de criar uma cadeira de rodas inteligente, de baixo custo e impacto ergonómico, que pudesse ser comandada por um interface multimodal flexível", explica Luís Paulo Reis, do Departamento de Sistemas de Informação da EEUM. "Os utilizadores poderão escolher entre vários modos de comando e até combiná-los. Entre as opções já disponíveis existem os comandos de voz, movimentos de cabeça ou obrain computer interface, que permitirá dirigir a cadeira através dos pensamentos", acrescenta.
O projeto conta com o apoio das universidades do Minho, Porto e Aveiro, do Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência de Computadores, do Centro Algoritmi da UMinho, do INESC Tec, do Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto e da Associação do Porto de Paralisia Cerebral.
Projeto já recebeu cinco prémios
O "IntellWheels" já foi premiado cinco vezes por várias entidades nacionais e internacionais. A última distinção deve-se ao artigo "Manual, Automatic and Shared Methods for Controlling an Intelligent Wheelchair: Adaptation to Cerebral Palsy Users", desenvolvido por Brígida Mónica Faria, Luís Paulo Reis e Nuno Lau. Os autores do trabalho, vencedor na categoria deBest Paper, receberam o galardão recentemente numa conferência internacional realizada no âmbito do 13.º Festival Nacional de Robótica.
O futuro da robótica
O investigador acredita que daqui a duas décadas não haverá grandes diferenças no que diz respeito à inteligência e capacidade de realização de tarefas complexas entre humanos e robôs. "Os robôs serão os nossos parceiros. Poderão não ser robôs humanoides, com uma aparência muito semelhante ao do ser humano, mas trabalharão connosco, em equipas mistas de humanos e robôs, na resolução de problemas do dia-a-dia ou de desafios maiores, nomeadamente a exploração dos oceanos e de outros planetas", reforça.
Luís Paulo Reis, de 42 anos, é natural do Porto. Concluiu a licenciatura, o mestrado e o doutoramento em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pela Universidade do Porto, onde foi o melhor aluno a terminar a formação em 1993. É diretor do mestrado integrado em Engenharia e Gestão de Sistemas de Informação da UMinho, membro da direção do Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência de Computadores, bem como presidente da Sociedade Portuguesa de Robótica e da mesa da assembleia da Associação Ibérica de Sistemas e Tecnologias de Informação. Desenvolve investigação nas áreas da Inteligência Artificial, Simulação, Robótica Inteligente e Sistemas de Informação, contando com mais de 250 publicações em revistas e conferências internacionais. Para além de coordenar acima de 10 projetos, Luís Paulo Reis já orientou 90 teses de doutoramento e mestrado. Ao longo da sua carreira obteve cerca de 40 prémios científicos e pedagógicos.
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(Pub. Mai/2013)