A investigação
pretendeu estudar o envolvimento emocional do pai com o bebé,
antes e depois do parto, bem como perceber o impacto da
experiência de corte do cordão umbilical na relação de ambos. Os
resultados mostram que o envolvimento emocional tende a aumentar
durante a gravidez e sobretudo na sequência imediata do parto,
começando a diminuir logo no primeiro mês após o nascimento. "Os
pais que participaram no parto e cortaram o cordão umbilical dos
respetivos filhos exibiram uma melhoria significativa no
envolvimento emocional, entre o parto e os primeiros 30 dias de
vida. Estas conclusões indicam que a presença do progenitor neste
processo e nos cuidados iniciais pode beneficiar o seu
envolvimento com o recém-nascido", afirmam Sónia Brandão e
Bárbara Figueiredo, investigadoras da Unidade de Investigação
Aplicada em Psicoterapia e Psicopatologia da
UMinho.
"A participação do pai durante o trabalho de parto e nos cuidados iniciais pode beneficiar a confiança e o desempenho do papel paterno e, por conseguinte, melhorar a sua relação com o bebé. Isso não significa que esta prática deva ser imposta ou seja sempre favorável", diz Bárbara Figueiredo, notando que este tema tem sido pouco estudado.
Doutorada em Psicologia Clínica pela UMinho, Bárbara Figueiredo é professora nesta instituição há vários anos, tendo coordenado projetos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundação Bial. É responsável pelo grupoFamily: Studies and Interventiondo Centro de Investigação em Psicologia e membro do Serviço de Psicologia da UMinho. Tem mais de duas centenas de publicações a nível nacional e internacional, dedicando-se particularmente à investigação e intervenção no domínio da gravidez e parentalidade.
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(Pub. Mar/2013)