Para enfrentar a dificuldade de divulgar o evento junto aos estudantes, este ano, ficou decidida a criação do Conselho Nacional que será a estrutura organizadora do próximo ENEH. A definição deste conceito está a cargo da organização atual, que entrará em contacto com todas as universidades do país que tenham cursos ligados à história.
Deste encontro
resultou ainda a criação de um Manifesto, que surge como reação
às últimas declarações de alguns economistas que dizem que a
história não tem utilidade, explicou Jorge Fernandes, um dos
responsáveis pelo ENEH 2013. Com o objetivo de o divulgar junto
de todas as universidades e de o reencaminhar para as altas
instâncias, "reunimos e demonstrámos neste Manifesto porque é que
a História é útil", acrescentou.
Estiveram
aproximadamente cem pessoas envolvidas nesta iniciativa, dos
quais 70 eram participantes. Das atividades propostas, os
organizadores destacaram a visita às cidades de Braga e de
Guimarães e ainda os vários workshops
como, por exemplo,
o de Conservação Preventiva
que contou com a explicação
de uma técnica do Museu D. Diogo de Sousa sobre o processo de
conservação preventiva em contexto de
escavação.
As várias
atividades do ENEH contaram com a presença de alguns convidados
especiais, entre os quais o Professor Braga da Cruz, Presidente
do Conselho Geral da UM e Presidente da Fundação Serralves.
Contudo, estiveram envolvidas também pessoas fora da área da
história, com vista à promoção da transdisciplinaridade.
"Queríamos perceber como é que alguém fora da história vê a
história", afirmou Carla Santos, responsável pela organização do
evento.
"Ativa-te" foi o
tema desta edição que pretendeu, num "clima de instabilidade",
apelar à proativ
idade e ao
empreendedorismo na História, através da apresentação de casos
concretos como, por exemplo, a criação de um Parque Arqueológico
ou de Rotas Culturais ou a apresentação de projetos em
Museus.
O balanço final do
evento é, para os organizadores, "positivo" tendo estes o
sentimento de "dever cumprido". Para Francisco Manga, estudante
de História da Universidade do Porto, um dos pontos-chave do
encontro, que considerou "muito positivo", foi a qualidade das
conferências. Esta opinião é partilhada por Gonçalo Ramos,
mestrando em História do Mediterrâneo Islâmico e Medieval, que
considerou que o ENEH foi "extremamente positivo". Participou não
só porque "nunca tinha vindo e já tinha ouvido falar muito" mas
também porque sempre ouviu "falar muito bem da Universidade do
Minho". Fazendo um balanço final, Gonçalo destaca o desempenho
"exemplar" dos organizadores que em três palavras foram "afáveis,
amáveis e atenciosos".
Texto: Amália
Carvalho
(Pub. Mar/2013)