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Academia, 12.03.2013
Criação de Manifesto e do Conselho Nacional de Estudantes de História no ENEH 2013
UMinho
A VIII edição do Encontro Nacional de Estudantes de História (ENEH), que teve lugar na Universidade do Minho entre os dias 7 e 10 de março, foi marcada pela criação de um Manifesto e de um Conselho Nacional de Estudantes de História.


Para enfrentar a dificuldade de divulgar o evento junto aos estudantes, este ano, ficou decidida a criação do Conselho Nacional que será a estrutura organizadora do próximo ENEH. A definição deste conceito está a cargo da organização atual, que entrará em contacto com todas as universidades do país que tenham cursos ligados à história.

Deste encontro resultou ainda a criação de um Manifesto, que surge como reação às últimas declarações de alguns economistas que dizem que a história não tem utilidade, explicou Jorge Fernandes, um dos responsáveis pelo ENEH 2013. Com o objetivo de o divulgar junto de todas as universidades e de o reencaminhar para as altas instâncias, "reunimos e demonstrámos neste Manifesto porque é que a História é útil", acrescentou.

Estiveram aproximadamente cem pessoas envolvidas nesta iniciativa, dos quais 70 eram participantes. Das atividades propostas, os organizadores destacaram a visita às cidades de Braga e de Guimarães e ainda os vários workshops como, por exemplo, o de Conservação Preventiva que contou com a explicação de uma técnica do Museu D. Diogo de Sousa sobre o processo de conservação preventiva em contexto de escavação.

 As várias atividades do ENEH contaram com a presença de alguns convidados especiais, entre os quais o Professor Braga da Cruz, Presidente do Conselho Geral da UM e Presidente da Fundação Serralves. Contudo, estiveram envolvidas também pessoas fora da área da história, com vista à promoção da transdisciplinaridade. "Queríamos perceber como é que alguém fora da história vê a história", afirmou Carla Santos, responsável pela organização do evento.

"Ativa-te" foi o tema desta edição que pretendeu, num "clima de instabilidade", apelar à proativ idade e ao empreendedorismo na História, através da apresentação de casos concretos como, por exemplo, a criação de um Parque Arqueológico ou de Rotas Culturais ou a apresentação de projetos em Museus.

O balanço final do evento é, para os organizadores, "positivo" tendo estes o sentimento de "dever cumprido". Para Francisco Manga, estudante de História da Universidade do Porto, um dos pontos-chave do encontro, que considerou "muito positivo", foi a qualidade das conferências. Esta opinião é partilhada por Gonçalo Ramos, mestrando em História do Mediterrâneo Islâmico e Medieval, que considerou que o ENEH foi "extremamente positivo". Participou não só porque "nunca tinha vindo e já tinha ouvido falar muito" mas também porque sempre ouviu "falar muito bem da Universidade do Minho". Fazendo um balanço final, Gonçalo destaca o desempenho "exemplar" dos organizadores que em três palavras foram "afáveis, amáveis e atenciosos".

Texto: Amália Carvalho


(Pub. Mar/2013)

Arquivo de 2013