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Academia, 28.02.2013
UMinho associou-se às comemorações dos 125 anos do JN
UMinho
Para assinalar os 125 anos do Jornal de Notícias, o órgão de comunicação criou um projeto que visa a aproximação às pessoas, instituições e entidades, assumindo-se como um parceiro. No passado dia 26 de fevereiro o projeto esteve na Universidade do Minho, em Braga, onde numa conferência juntou políticos, banca e investigadores, contando na cerimónia de abertura com o Reitor da UMinho.


O JN pretendeu para além de sinalizar o seu aniversário, destacar a sua presença no norte, sendo esta a primeira de seisconferências por vários pontos do norte do país de forma a elevar os valores da proximidade, para que o JN seja visto como um parceiro no quotidiano das pessoas.

Procurando mostrar algumas visões sobre o estado do país, sobre a crise, sobre a importância do norte no contexto geral do país e no contributo deste para a saída da crise, sobre o papel dos empresários, da banca e das câmaras na economia do distrito de Braga, a conferênciajuntou no mesmo espaço, Manuel Tavares, diretor do JN, Carvalho da Silva, ex. líderda CGTP , o Reitor da UMinho, Antonio Cunha, o Vice-reitor da UMinho, José Mendes, o Presidente da Fundação Cidade de Guimarães, João Serra, o Secretário de Estado da Segurança Social, Marco Antonio Costa, entre outros.

Antonio Cunha destacou na cerimónia de abertura, a parceria importante entre a UMinho e o JN, órgão que segundo este "faz um equilíbrio notável" não perdendo a ligação às suas raízes que viram o jornal nascer. O Reitor acredita que as regiões vão ganhar valor no próximo quadro europeu, no qual é dado maior centralidade às regiões, bem como às universidades, contando que este trajeto "se faça na companhia do JN".


Sob o tema "Que Estado estamos dispostos a pagar" Carvalho da Silva, falou sobre o estado social e sobre o seu desenvolvimento, pretendendo sobretudo "despertar consciências". Segundo este "não estamos num ciclo normal, estamos na imergência de uma nova era". Para o sociólogo, "a sociedade portuguesa está no caminho do empobrecimento", mostrando-se muito preocupado com um problema atual, acreditando que se não foram implementadas no caminho que estamos a seguir as coisas tenderão a piorar.

Já na parte da tarde, o Vice-reitor para a Inovação e Empreendedorismo, José Mendes, falou sobre "Empreendedorismo e criação de riqueza. O caso do Baixo Minho" onde focou essencialmente as potencialidades da região para a criação de novas empresas. "O país tem um desequilíbrio crónico da balança comercial em cada ano" exporta menos 35% do seu PIB, o que segundo este "só se passa com os países grandes "pois grande parte da sua produção é consumida internamente, por isso Portugal tem de inverter isso. "Num mundo globalizado é difícil encontrar quotas de mercado, mas é aí que inovação e empreendedorismo são fundamentais, mas numa lógica territorializada" disse.


Sobre a sub-região do Cávado e do Ave, o Vice-reitor disse que "tem condições ímpares para ser uma start-up". Uma região que conjuga capital humano, capital intelectual, cultura empreendedora e cultura exportadora. Para além disso, esta região cresceu 4,3% em dez anos, tem a população mais jovem a nível nacional, a criação de empresas em Braga é mais dinâmica, temos uma rede estradas muito boa, por isso, José Mendes diz que Braga tem "condições para afirmar-se, mas falta-lhe criar uma marca". Segundo este temos de deixar o discurso da crise e passar ao discurso da marca, "temos de criar a nossa marca para podermos levar a nossa imagem lá fora" referiu.

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Texto: Ana Marques 

Fotografia: Nuno Gonçalves

Arquivo de 2013