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Academia, 25.01.2013
UMinho desenvolve tecnologia antirrepelente e antimicrobiana
UMinho
O Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil (2C2T) da Universidade do Minho criou uma tecnologia que repele doenças transmitidas por mosquitos, como malária e dengue, e doenças provocadas por bactérias. Na prática, o próprio consumidor vai poder juntar as nanopartículas funcionais de sílica na lavagem da roupa, permitindo que a roupa seja mais segura, durável (50 a 100 lavagens) e ecológica.


O projeto do grupo de Jaime Rocha Gomes iniciou em 2007 e vem na sequência da tecnologia de incorporação de produtos ativos em nanopartículas de sílica, tais como antimicrobianos, aloe-vera e, recentemente, o antimosquito,A sua originalidade e eficácia têm acolhido muito interesse em regiões tropicais e na comunidade científica.A investigação jáfoi alvo de conferências conceituadas nos EUA, Índia, China e Espanha.

"Incorporámos em nanopartículas de sílica produtos ativos, como microbianos e repelentes de mosquito,que se fixam ou são libertados de forma controlada em têxteis. Esses produtos ativos podem ser aplicados pela indústria no acabamento de tecidos ou malhas e, também, pelo próprio cidadão em peças já confecionadas", explica o professor catedrático da Escola de Engenharia da UMinho. "Isto permite grande flexibilidade na utilização do produto e reduz o tempo do produtor têxtil para o consumidor. Em casa, o cidadão comum poderá reforçar na sua t-shirt a presença das nanopartículas, para evitar o desgaste do seu efeito ativo e assim manter-se em segurança", acrescenta Jaime Rocha Gomes.

A nova variante da tecnologia previne em particular os ataques de mosquitos anopheles, que transmitem a malária e matam mais de um milhão de pessoas por ano. A equipa do 2C2T tem realizado com sucesso os testes de repelência no Instituto de Higiene e Medicina Tropical, em Lisboa, e vai avançar em breve para testes de campo, esperando comprovar em ambiente real a mesma eficácia. Está também a ser melhorada em laboratório a resistência e a eficiência às lavagens.

O projeto já foi alvo de teses de pós-graduação na UMinho e na Universidade da Beira Interior. Teve também fundos comunitários do Vale I&DT para se desenvolver o conceito na spin-off minhota EcoTicket. No futuro admite-se incorporar nas nanopartículas de sílica aplicadas nos têxteis outros produtos ativos, como vitaminas, enzimas e proteções contra mais doenças. A incorporação naquelas nanopartículas de corantes (têxteis com cor) deu a Jaime Rocha Gomes o Grande Prémio BES Inovação 2011.

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(Pub. Jan/2013)

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