Este foi o primeiro Relatório do género produzido numa instituição de ensino superior "é um documento importante no nosso compromisso social, revelador do modo como a Universidade perspetiva a sua relação com a sociedade e o modo como presta contas à sociedade" afirmou o Reitor.
Este Relatório
refere-se a 2010 "no futuro pretendemos que seja apresentado
muito mais próximo do ano a que se refere" disse António Cunha.
A gestão ambiental e a consciência ecológica têm sido
reconhecidas, pelas diferentes camadas e setores da sociedade
mundial, como indispensáveis para a sustentabilidade das gerações
futuras. Pela sua dimensão e pelas atividades desenvolvidas no
âmbito da sua missão, as instituições de ensino superior podem
gerar impactos significativos na região envolvente e estão em
posição privilegiada para melhorar o seu comportamento
sustentável, pois dispõem do conhecimento e competências
necessárias para identificar e abordar esses problemas.
A UMinho "acredita"
assim, ter sido a primeira IES que publica o seu relatório de
sustentabilidade, onde foi avaliada a sua evolução entre
2007-2010. Neste foram considerados 24 indicadores, 6 económicos,
12 sociais e 6 ambientais.
Relativamente ao
desempenho económico, uma das conclusões é que a UMInho depende
de financiamento público, visto que o valor económico gerado não
é suficiente para fazer face às suas despesas. Outra, é que a
UMinho, pelo seu valor económico distribuído, é um importante
impulsionador da economia local e um importante empregador a
nível local e regional. Sendo ainda que mais de 40% do valor das
suas comparas é a fornecedores num raio de 100km. Para além disso
o seu impacto indireto e induzido nas cidades de Braga e
Guimarães é cerca 30 e 70 milhões e é ainda responsável pela
criação de cerca de 4400 empregos.
A nível social,
conclui-se que os recursos humanos da UMinho têm aumentado, sendo
constituídos na sua maioria por docentes. A UMinho tem ainda
apostado na formação dos seus recursos, tendo aumentado o número
de formandos e dias de formação. Quanto ao corpo discente, este
tem melhorado nos últimos anos, sendo estes originários
principalmente do distrito de Braga. O relatório demonstra ainda
que a UMinho tem grande potencial de atração de alunos,
verificando-se razoáveis taxas de aprovação e graduação, o que
contribui para a boa reputação da Universidade.
Em termos
ambientais, o relatório sugere a implementação de um sistema de
gestão de resíduos, visando com isso conseguir quantifica-los.
Quanto ao consumo de água, sugere-se a implementação de um
programa de boas prática visando a redução do seu consumo.
Assim pode-se
concluir que a UMinho está no caminho da sustentabilidade, mas
deve melhorar o desempenho na área ambiental, de forma a
"reforçar o compromisso da Universidade do Minho com a
sustentabilidade". Para António Cunha, a UMinho deve "tentar esta
prática em varias vertentes potenciando a prestação de contas e o
trabalho que é feito na UMinho". Segundo este, estão a ser
aplicadas várias medidas de sustentabilidade "penso que vamos ser
uma instituição reconhecida pelas boas práticas". O Reitor
afirmou ainda que está a ser finalizado o processo de
desmaterialização, modernização administrativa "até final de 2013
vai ser fortemente reduzido o consumo de
papel".
Texto: Ana Coimbra
Fotografia: GCII
(Pub. Dez/2012)