Inserido no Programa
de Desenvolvimento de Competências Transversais da EEG,
denominado EEGenerating Skills, o programa contou com a
participação de 27 empresas que se deram a conhecer aos
participantes, mostraram algumas das realidades do mercado de
trabalho, elucidaram dúvidas, mas principalmente "abriram os
olhos" aos estudantes que estão a tentar entrar no mundo do
trabalho ou que o farão em breve, sobre as capacidades de que se
devem dotar para o poderem fazer com algum sucesso.
A parte da manhã foi preenchida com sessões paralelas com as empresas, tendo sido os inscritos dividos pelas várias sessões, tendo em conta também os seus interesses. Nestas sessões participaram empresas tais como: Deloitte, Vieira de Castro, F3M, Barclays, Spark Agency, Privavera BSS, VLM Consutora, WeDo, PricewaterhouseCoopers, Bosh Car Multimedia, Impetus, Q-better, Keypeople, Code Vision, Yme, Cerealis SGPS, AGERE, Balanças Marques, Seegno, STEF, Spirito Cupcakes, Talent City, e Imobile Magic.
A tarde iniciou com uma palestra de Miguel Gonçalves (Spak Agency) subordinada o tema: "PayPal Mafia: An inside look on Silicon Valle".Esta sessão contou ainda com a presença do Presidente da Escola de Economia e Gestão, Professor Rocha Armada, e ainda o Vice-Reitor Rui Vieira Castro. O presidente da escola referiu que "o que aconteceu de manhã foi um grande sucesso e estou certo que acontecerá o mesmo da parte da tarde".
Miguel Gonçalves, falou da sua experiência em Silicon Valley. Dirigindo-se aos presentes, na sua maioria estudantes, incentivou-os a apostarem em si, dizendo que o valor amealhado por qualquer empresa deve voltar a ser investido na mesma, nas suas capacidades e no desenvolvimento pessoal dos recursos humanos. No âmbito do retrato de Silicon Valey, Miguel contraria os ditados populares que referem que "não se coloque todos os ovos dentro de uma mesma cesta", e "viver cada dia da nossa vida como se fosse o último", referindo que em Silicon Valley colocam os ovos todos na mesma cesta, mesmo correndo riscos, e que "devemos viver cada dia como se fosse o primeiro".
Olhando para uma Universidade de sucesso, este jovem criativo salienta que "em Stanford o mercado está dentro da academia". A respeito da tão falada crise, Miguel Gonçalves referiu que se critica o país sem fazer nada para mudar o que está mal, afirmando que "só tem legitimidade para criticar quem faz algo para mudar". O criativo disse ainda que devem ser concluídas licenciaturas, mestrados e tudo o resto em áreas diferenciadas.
Dando o exemplo de
um país de sucesso, salientou que na Dinamarca, os jovens não são
contratados pelas empresas, são convidados a criar a sua própria
empresa. Depois, conforme o sucesso podem ser contratados ou não.
"É o que vai acontecer em Portugal" referiu.
Lembrando que nunca
devemos desistir dos nossos sonhos, Miguel disseque cada um de
nós tem potencial para ser o Peter Parker, e ser líder de nós
próprios.
A fechar o evento, teve lugar uma mesa redonda subordinada ao tema: "Pointing your Way" que contou-se com a participação do CEO do Montepio, António Tomás Correia, do CEO da PT Inovação, Alcino Lavrador, do Director de Recursos Humanos da PwC, António Saraiva, e de um ex-aluno, Economista, pertencendo ao Banco Português de Gestão, Paulo Pacheco. A mesa foi moderada por João Leite Ribeiro, docente da EEG.
Na visão de Tomás Correia, para construir uma carreira não vale a pena pensar no que vamos fazer, se vamos ou não trabalhar na área, "temos sim de procurar algo que nos satisfaça e o qual fazemos bem". Referindo ainda que "trabalhar é muito mais do que ter um emprego".
Já, o Eng. Alcino Lavrador salienta que "a inovação dá muito trabalho, é necessário que a criatividade seja fomentada".
Para Paulo Pacheco,
é essencial a aposta na educação, referindo que "a Licenciatura
não é o fim, mas um meio", devemos alargar horizontes, apostar
nas línguas, colaborar no corporativismo e voluntariado, pois
serão mais-valias.
Texto: Diana Marques
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Nov/2012)