Apesar de positiva, a Campanha não registou a adesão esperada "O balanço geral ficou aquém das nossas expectativas," explicou Celeste Pereira, do Departamento Alimentar. "No entanto, todos os bens recolhidos serão bem distribuídos e toda a ajuda que se possa dar é sempre bem-vinda para os que tanto precisam."
A UMinho é anualmente palco, no Dia Mundial da Alimentação, de atividades alusivas à data. "Este ano, decidimos concentrar as nossas atenções nas carências alimentares que se fazem sentir num cada vez maior número de famílias," afirmou Celeste Pereira. A Universidade convidou o Lar de Santo António, o Centro Social e Cultural de Santo Adrião e a Associação Fraterna para o espaço universitário, para que pudessem recolher alimentos a distribuir por famílias carenciadas.
"Disponibilizaram-nos este espaço para fazermos uma exposição do Centro de Santo Adrião," esclareceu José Fernandes, reformado que faz voluntariado no Centro, "e as pessoas vêm aqui com algumas coisinhas, para depois levarmos para o centro para dar às pessoas que precisam. Isto não devia era ser só hoje" disse.
Da Associação Fraterna, Martine Silvares, do Departamento de Desenvolvimento Social da Fraterna, afirmou que, muito embora a iniciativa tenha sido uma oportunidade de divulgar a Associação junto da comunidade académica, não houve muitas doações de géneros.
É difícil identificar os fatores por detrás da baixa participação da comunidade. Segundo a representante da Fraterna, julga que o cerne da questão jaz no panorama económico geral. "Parece mesmo que é um problema a nível da angariação de alimentos. De facto, as pessoas estão a passar por um período complicado," referiu Martine Silvares.
Do lado da organização, a pouca adesão da parte dos estudantes é clara "Não era dos estudantes que esperávamos a maior adesão, pois esses já têm as suas próprias restrições," afirmou Celeste Pereira. "Quanto aos restantes grupos, é mais difícil explicar" o que terá impedido a adesão. "Mas tal como disse, o que se recolheu dará com certeza uma boa ajuda a algumas pessoas," concluiu.
Acima de tudo, a iniciativa enquadrou-se nas várias ações de solidariedade realizadas pelos SASUM, desde as dádivas de sangue organizadas regularmente, à recolha de roupas e calçado, recolha de brinquedos?. "Os SASUM têm com certeza um papel social dentro da Universidade, na nossa região e na sociedade em geral," afirma Celeste Pereira.
Texto: Marta Silva
(Pub. Out/2012)