Este foi um dia repleto de atividade, com visitas, palestras, entregas de prémios, homenagens, discursos, e momentos musicais, no qual participarem entre outros, o presidente da Fundação Cidade Guimarães, João Serra, o presidente da EEUM, Paulo Pereira e o reitor da UMinho, António M. Cunha.
Tendo como tema
"Engenharia e Cultura", a Semana de Engenharia teve por base
"Guimarães, Capital Europeia da Cultura", cidade que acolhe a
Escola e à qual esta pretende cada vez maior ligação.
Foi perante uma
grande plateia que o presidente da EEUM, Paulo Pereira convidou
todos aqueles que de algum modo estão ligados à Escola (docentes,
não docentes, alunos, empresas, autarquias, dirigentes e
ex-alunos) a serem embaixadores da EEUM, motivando todos para que
seja criada uma rede de amigos da EEUM.
Foi neste contexto
que Paulo Pereira fez um balanço do caminho que vem sendo traçado
e perspetivou o plano estratégico da Escola, dizendo que cabe aos
recursos humanos da Escola "procurar soluções científicas e
tecnológicas para fazer face aos desafios societais da nova
época". Segundo o presidente, esta tem crescido nas mais variadas
vertentes,apontando ainda a
internacionalização como objetivo estratégicoda Escola.
A EEUM ganhou um
novo polo na cidade, o campus de Couros, sendo que agora
Guimarães tem dois polos universitários. Inserido no projeto
Campurbis, concretizado pela academia minhota e a Câmara de
Guimarães, este polo tem quatro espaços destinados à ciência e
artes para estudantes de licenciatura e pós-graduação.
SegundoPaulo
Pereira "este 3º Campus da Universidade é mais um exemplo da
ligação cada vez maior à cidade, sendo que será uma mais-valia
para nós e para a cidade" afirmou. Para o presidente, a interação
com a sociedade "é uma marca identitária desta Escola".
Quanto ao
futuro,Paulo
Pereira disse "estaria preocupado se não fizéssemos nada, temos
de atuar de acordo com aquilo que é o ambiente envolvente". O
presidente da EEUM convidou a um aprofundamento da interação com
as empresas, referindo que a Escola deve crescer em
qualidade.
O Reitor da UMinho,
António Cunha fechou a sessão solene deste aniversário afirmando
que "celebrar o aniversário é pensar o futuro sobre a realidade
atual, tendo em conta os contextos atuais e perspetivando o seu
desenvolvimento englobado no plano estratégico e missão da
Universidade, bem como os desafios da Engenharia enquanto domínio
do conhecimento". Para o reitor, à Universidade não basta afirmar
a qualidade que tem, tem de a demonstrar de uma forma inequívoca.
"O projeto de uma grande Escola Universitária é sempre um projeto
inacabado, é sempre um projeto a pedir o melhor de todos"
referiu.
Na sua intervenção,
António Cunha ainda anunciou o prémio recebido por um
investigador da EEUM, Rui Reis recebeu um dos mais importantes
prémios para a investigação. "A investigação é importante mas não
podemos perder a qualidade do ensino que fazemos" afirmou.
No final, o
responsável da UMinho deixou ainda críticas ao Governo e à
tutela, dizendo não perceber os constrangimentos que estão a ser
colocados à autonomia universitária "não percebo os retrocessos
no quadro da autonomia e da responsabilização da universidade
moderna". Para o reitor "só a autonomia permite concretizar um
projeto diferenciado que é aquilo que tem de ser o projeto de
cada universidade" afirmou.
Terminou, deixando
um apelo a todos os presentes para que encontrem a energia para
os desafios colocados com os quais continuarão a ser
confrontados.
Texto: Ana
Marques
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Out/2012)