O estudo foi
desenvolvido com uma amostra representativa de nove concelhos de
Portugal (Braga, Porto, Viana do Castelo, Covilhã, Lisboa, Évora,
Faro, Funchal e Angra do Heroísmo), constituída por 3187 alunos
do 4.º ano de escolaridade, no ano letivo de 2010/11. A
investigação revela que esta situação deve-se sobretudo aos
progenitores (70% das mães fumadoras e 57% dos pais fumadores
fazem-no no domicílio, por exemplo), sendo a percentagem superior
naqueles que estudaram até ao 9.º ano. A cozinha é o local
escolhido pelas mães para fumar, enquanto o pai, os irmãos e os
convidados decidem fazê-lo em zonas próximas de janelas ou portas
abertas para exterior. Os resultados indicam ainda que metade dos
filhos transportados de carro pelos pais fumadores está exposta
ao fumo de tabaco ao longo da viagem.
"É fundamental que os pais protejam a saúde dos filhos. Os pediatras devem aconselhar os pais a não fumarem em casa. Os professores, no âmbito do programa Domicílios 100% Livres de Fumo, estão já a ensinar as crianças a protegerem-se desta agressão", revela José Precioso. E acrescenta: "É relevante discutir mitos e falsas crenças associados com a exposição de crianças, tais como: "Fumar em casa e no carro quando a criança não está presente evita a contaminação" ou "fumar na cozinha ou perto da janela não expõe a criança?".
Trabalho envolve nove entidades
ibéricas
A investigação foi realizada por Henedina Antunes, Ana Carolina Araújo, José Precioso, José Machado, (todos da UMinho), Catarina Samorinha (Universidade do Porto), José Manuel Calheiros, Sofia Belo Ravara, Paulo Vitória (todos da Universidade da Beira Interior), Elisardo Becoña (Universidade de Santiago de Compostela), Jorge Bonito (Universidade de Évora), Manuel Rosas (Administração Regional de Saúde do Norte, Câmara Municipal de Viana do Castelo) e Manuel Macedo (Hospital de Braga), bem como especialistas do Hospital CUF Descobertas, do Instituto Catalão de Oncologia de Barcelona e da Agência de Saúde Pública de Barcelona. A comunicação premiada foi apresentada este mês no 13º Congresso Português de Pediatria, por Henedina Antunes, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da UMinho e pediatra no Hospital de Braga.
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