O projeto visa criar um padrão de conforto que as pessoas identifiquem na hora de comprar roupas. "Com a implementação de uma etiqueta no vestuário, poderá adicionar-se informação acerca de padrões de conforto, que poderá ajudar a credibilizar e vitalizar o comércio eletrónico", explica Ana Cristina Broega, coordenadora do trabalho e professora do Departamento de Engenharia Têxtil da UMinho.
"O estudo desenvolveu-se no âmbito do conforto sensorial do toque, onde foi quantificado o que as pessoas avaliam de forma subjetiva quando tocam os tecidos", começando por tentar compreender os fenómenos de interação entre a pele e os tecidos e definir, com base científica, métodos de avaliação sensorial, por parte de grupos de pessoas portugueses e franceses. Posteriormente, o desafio passou por cruzar os dados apurados fisicamente, com as avaliações subjetivas, no sentido de quantificar o conforto sensorial dostêxteis, de conforto e toque de acordo com os conceitos europeus, uma vez que "as tendências de gosto da Europa são muito diferentes, por exemplo, do mercado japonês, onde é valorizado outro tipo de toque para os tecidos", acrescenta Ana Cristina Broega.
A próxima etapa consiste em implementar mais uma etiqueta junto da indústria têxtil, o que se afigura ainda moroso, pois o consórcio de investigação espera um melhor desenvolvimento mecânico dos equipamentos de análise, que são ainda de natureza muito sensível e difíceis de agilizar em contexto de produção industrial. Através desta aposta pioneira na avaliação subjetiva do têxtil "recorre-se aos sentidos dos consumidores, para chegar, instrumentalmente aos gostos das pessoas".
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(Pub. Jun/2012)