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Academia, 19.06.2012
Estudo da UMinho diz que Portugal é uma referência no setor das farmácias
UMinho
Um estudo da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho revela que as farmácias portuguesas apresentam níveis de qualidade mais elevados quando comparadas às referências internacionais, principalmente no que diz respeito aos recursos humanos, às instalações e ao horário de abertura.

A investigação conclui ainda que existe uma distribuição geográfica equitativa destas farmácias e uma boa implementação dos seus serviços farmacêuticos. Sónia Queirós, autora do estudo e mestre em Economia e Política da Saúde pela UMinho, afirma que as medidas adotadas a partir de 2005 flexibilizaram o setor das farmácias em termos de regulação e concorrência, tendo ''outrora sido criticadas''.

O estudo, intitulado ''Aspetos económicos do setor das farmácias. Uma análise da evolução dos últimos 5 anos'', teve como objetivo a caracterização do setor das farmácias em Portugal. Os resultados foram obtidos através de um questionário enviado a 273 farmácias localizadas no território nacional. Os resultados mostram que as farmácias têm em média seis colaboradores, dentro dos quais 2,74 são farmacêuticos, e estão abertas 62,5 horas por semana, sendo que um número significativo de farmácias abre ao sábado (98,5%) e ao domingo (25%).

Maioria das farmácias tem gabinete de atendimento

A medição da pressão arterial, do colesterol e da glicemia são os serviços essenciais mais bem implementados pelas farmácias, seguindo-se os serviços de informação sobre saúde, da promoção do uso correto de dispositivos terapêuticos e da autovigilância e das campanhas de promoção da saúde e prevenção da doença, todos com percentagem de implementação superior a 80 por cento. A cessação tabágica e a troca de seringas são as menos recorrentes ou, por vezes, inexistentes, o que poderá estar relacionado com as características sociais e culturais das comunidades onde estão localizadas as farmácias.

Os serviços diferenciados são prestados com menos frequência: entrega de medicamentos no domicílio (47%), acompanhamento farmacêutico (39%), consultas de nutrição (45%), tratamento de feridas (38%), administração de vacinas não incluídas no Programa Nacional de Vacinação (77%), administração de medicamentos e gestão da terapêutica (ambos com 40%). Além disso, o estudo indica que acima de 80 por cento das farmácias dispõem de um gabinete de atendimento personalizado, o que ''se pode traduzir em melhorias na qualidade da oferta dos serviços, pois permite uma total privacidade e confidencialidade aquando da sua prestação aos utentes'', explica Sónia Queirós.

''As discrepâncias nos serviços diferenciados devem-se principalmente à localização da farmácia. Estas assimetrias podem ser positivas, no sentido de constituírem uma resposta das farmácias às necessidades dos consumidores'', afirma Sónia Queirós. ''Não obstante a redução dos rácios económico-financeiros, o setor parece estar a evoluir positivamente na qualidade do serviço, com resultados muito positivos comparativamente aos dados internacionais'', acrescenta.

Sónia Queirós é formada em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Porto, tendo realizado recentemente o mestrado na UMinho. Já foi diretora técnica de armazém de distribuição da empresa Ratiopharm, secretária técnica da secção regional do Porto da Ordem dos Farmacêuticos e diretora técnica da distribuição domiciliária da Gasoxmed. Desde junho de 2010, exerce funções de gestora de informação na Associação Nacional das Farmácias.

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(Pub. Jun/2012)

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