O Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) celebrou no passado dia 3 de maio o seu 36º aniversário. A sessão comemorativa iniciou pelas 16h30 no campus de Gualtar, contando com as presenças do reitor António M. Cunha, a presidente do Instituto, Maria Eduarda Keating, o presidente da Associação Industrial do Minho, António Marques, e do contar de histórias Tim Bowley.
Foi com um conto que o contador de histórias Tim Bowley deu
início à cerimónia, resultado das XII Jornadas Internacionais do
Conto que o ILCH promove, e que segundo a presidente do Instituto
"espelham a atividade do ILCH cujo ensino, investigação e
extensão são partilháveis com toda a Universidade,
independentemente das escolas, áreas científicas e
especialidades".
Na sua intervenção Maria Eduarda Keating, recordou, que as artes,
as letras e ciências humanas, apesar de serem "aparentemente
áreas tão descartáveis em tempos de crise, são muito importantes
e têm um papel fundamental no processo educativo dos cidadãos",
conferindo aos jovens competências como as de criação,
imaginação, pensamento crítico, entre outros.
A presidente do Instituto afirmava ainda que "apesar da
instabilidade dos últimos anos, o Instituto tem conseguido
responder aos desafios que se têm colocado à Universidade e às
humanidades em particular". Reiterando ainda que "O ILCH tem sido
capaz de desmentir na prática a visão redutora sobre as
humanidades, embora a, tarefa esteja a ser mais difícil do que se
esperava". Eduarda Keating finalizou prometendo, entusiasmo,
empenhamento e espirito de sacrifico, que disse serem "a imagem
de marca do Instituto".

Já o presidente da Associação Industrial do Minho, António
Marques, falou sobre "As Humanidades no Mundo Empresarial". Para
quem as Humanidades fornecem capacidades e conhecimentos ímpares,
que segundo este "fazem a diferença no mundo empresarial". Para
António Marques os estudantes devem falar e praticar coisas de
como ser empreendedor, sendo que o presidente da AIMinho não
acredita em saídas profissionais, mas em entradas profissionais e
alerta os estudantes das Humanidades que "esta área obriga a quem
sai, refletir muito, inquietá-los e a ter um grande número de
incertezas", mas segundo o mesmo "nunca antes como hoje
precisamos tanto das humanidades" falando no caso da
internacionalização e as novas formas de fazer negócios e as
novas línguas necessárias aos negócios.

Na sua intervenção, António Cunha, afirmava que o ILCH, no
contexto atual de mudança "deve ser capaz de encontrar formas de
suprir as dificuldades". O reitor falou ainda da situação difícil
que a Universidade atravessa e em particular a área das
Humanidades, onde os impactos têm sido mais profundos, referindo
que "o ILCH tem procurado estar ao nível dos desafios".
Durante a cerimónia, foram ainda entregues as cartas de curso aos
alunos graduados e as bolsas de estudo por mérito, e o público
presente pode ainda assistir a um momento musical.
Texto: Ana Marques
anac@sas.uminho.pt
(Pub. Mai/2012)