Foi um Emanuel rouco que presenteou os alunos minhotos com temas como "Nós Pimba" e "Ritmo do Amor". Com as atuações dos Kalhambeke, que precederam a Tuna Universitária do Minho (TUM), a música portuguesa foi o som de fundo da sexta noite do Enterro da Gata 2012, onde foram revelados, também, os vencedores do Cortejo Académico.
"Adorei estar aqui. É disto que eu gosto. Eu faço música
para divertir", foram estas as palavras de Emanuel à saída do
concerto. O cantor pimba português, cabeça de cartaz na noite de
Quarta-feira, mostrou-se satisfeito com o povo minhoto: "Saio
daqui muito feliz".
Durante mais de uma hora, os estudantes acompanharam o
repertório do músico português, dançando e cantando: "Com estes
novos ritmos consegui abranger um estado emocional com o qual os
jovens se identificam, sobretudo estes, que estão numa fase muito
interessante: estão a finalizar um estado de espírito muito
próprio para começar já uma certa maturidade". "Estou aqui para
passar emoções", concluiu o cantor popular.
Considerando-se "minucioso" na música que faz, Emanuel
explica que, para ser boa, a música não precisa de ser complexa:
"As pessoas pensam que a música para ter qualidade precisa ser
complicada, na minha opinião não. E os trinta anos que eu tenho
de experiencia dizem-me que não. A música que tem qualidade é
aquela que usa as notas certas para comunicar emoções e não
aquela que tem muitas notas".
Foi no final do concerto que Emanuel anunciou ainda os
vencedores do Cortejo Académico, que coloriu a cidade de Braga
com as diferentes cores dos diversos cursos da Universidade do
Minho. Em primeiro lugar ficou a já reincidente Medicina, em
segundo ficou o curso das fitas amarelas e brancas: Enfermagem.
Gestão foi o curso que ocupou o terceiro lugar no pódio.
Também os minhotos Kalhambeke partilharam o palco com o
cantor pimba. Atuando no Enterro da Gata pela primeira vez, Nuno
Pacheco, membro da banda confessou que "tocar para os estudantes
é a melhor coisa!".
Considerando que a música portuguesa se encontra em
expansão, os Kalhambeke acreditam que: "Estes eventos criam
condições para bandas como a nossa consiga crescer. É bom ver que
as pessoas gostam de música portuguesa."
Texto: Rita Vilaça
(Pub. Mai/2012)