A Casa Museu de Monção, unidade cultural da Universidade do Minho situada na vila de Monção, promove este sábado, dia 12, a primeira homenagem nacional aos 56 portugueses mortos pelo franquismo na Galiza durante a Guerra Civil Espanhola.
Aqueles 56 registos foram encontrados no âmbito do Projeto
de Investigação Interuniversitária ?Nomes e Voces?, da
Universidade de Santiago de Compostela (USC). Este estudo vai ser
apresentado às 16h, na Casa Museu de Monção, pelos coordenadores
Dionísio Pereira e Lourenzo Fernandez Prieto, da USC, bem como
pelo professor Norberto Cunha, da UMinho, e pela antropóloga
Paula Godinho, da Universidade Nova de Lisboa (UNL).
Esta homenagem inicia pelas 15h, junto à ponte
internacional de Monção, através do descerramento da placa com a
listagem dos portugueses mortos pelo regime do general Franco,
incluindo a referência à sua terra de origem (quando conhecida).
Vão discursar o presidente do Município de Monção, José Emílio
Moreira, o reitor da UMinho, António M. Cunha, além de Fernando
Rosas, professor da UNL, e de Mário Soares, presidente da
Fundação Mário Soares e ex-Presidente da República. As duas
sessões vão contar, respetivamente, com a atuação do Grupo de
Gaiteiros ?Os Conxeiros? e do Grupo Cultural ?Os Sinos da
Sé?.
A iniciativa da Casa Museu de Monção da UMinho pretende
aprofundar os laços históricos entre Portugal e Espanha, vítimas
de perseguição das ditaduras autoritárias, mas também os laços de
solidariedade que tais manifestações sempre promoveram entre
ambos os lados do rio Minho. ?Eram trabalhadores há muito
estabelecidos na Galiza, muitos deles analfabetos, gente pobre
que emigrou na maioria do Norte de Portugal, numa pequena vaga
ocorrida nos primeiros anos do século XX. Emigraram sobretudo por
motivações económicas. Trabalharam como pedreiros, pescadores,
lavradores, jornaleiros, canteiros, carpinteiros, peixeiras.
Muitos ajudaram a construir a linha de caminho-de-ferro entre
Zamora e A Coruña. Contavam-se também alguns exilados, que fugiam
da intervenção portuguesa na I Guerra Mundial, mais tarde do
golpe de Estado de 28 de Maio de 1926 e, finalmente, do Estado
Novo. A integração nas comunidades locais, através da
constituição de famílias luso-galegas, por exemplo, acabou por
dissipar paulatinamente a presença destes emigrantes?, resume o
diretor da Casa Museu de Monção, José Viriato Capela.
Mais informações: www.casamuseumoncao.uminho.pt
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(Pub. Mai/2012)