As estatísticas revelam que cerca de 47 por cento dos seus acessos são de origem portuguesa e apenas 3 por cento a partir da UMinho. Este indicador revela que metade dos acessos são feitos fora do país. Dos números, infere-se também que o repositório da UMinho é uma ferramenta importante para utilizadores do Brasil, que representam 22 por cento dos downloads dos últimos anos, seguindo-se dos EUA (7 por cento), de outros países da União Europeia (6 por cento), da Índia e da China (ambos com 2 por cento).
O RepositoriUM foi constituído em 2003, sendo o primeiro no universo da língua portuguesa. Na altura da sua criação existiam cerca de uma centena de sistemas deste tipo em todo o mundo, hoje já há mais de dois mil. Segundo Eloy Rodrigues, responsável pelos Serviços de Documentação da UMinho, o acervo representa "uma plataforma aberta, numa lógica de disponibilização justa, democrática e universal do conhecimento", contendo neste momento quase 90 por cento dos documentos nele depositados em acesso aberto.
O responsável da UMinho adianta que as normativas e diretivas europeias já apontam no sentido do acesso aberto ao conhecimento, revelando que "a vice-presidente da União Europeia, Neelie Kroes, já anunciou que no 8º Programa Quadro, após 2013, todos os resultados dos projetos financiados terão obrigatoriamente de ser disponibilizados em acesso aberto".
RepositoriUM tem papel dinamizador na plataforma para a Europa
Pelo facto de ter um
dos projetos com mais experiência, a UMinho tem assumido um papel
percursor e dinamizador das plataformas de acesso aberto em
alguns dos principais projetos europeus. Nesse sentido,
impulsionou e coordena científica e tecnicamente o projeto RCAAP
- Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal. A este
projeto associaram-se as universidades portuguesas, diversos
politécnicos, hospitais e laboratórios de investigação, tendo o
número de repositórios portugueses passado de oito, antes do
RCAAP, para os 35 que neste momento existem. A nível europeu, tem
integrado diversos projetos relacionados com os repositórios e o
acesso aberto à literatura científica. De entre eles merecem
destaque o OpenAIRE e o OpenAIREplus, projetos europeus com
objetivo de apoiar a adoção e implementação das políticas de Open
Access estabelecidas nas orientações do Conselho Científico do
European Research Council e no projeto piloto da Comissão
Europeia. Este projeto constitui uma rede de repositórios
institucionais que disponibiliza, numa escala alargada, o acervo
do conhecimento científico produzido por algumas das principais
universidades e centros de investigação da
Europa.
Redação
(Pub. Abr/2012)