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Academia, 27.03.2012
Pneus novos representam quase metade dos restos de pneus nas estradas
UMinho
Quase metade dos restos de pneus ("crocodilos") nas autoestradas portuguesas provém de pneus novos, refere um estudo recente do Departamento de Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho e da Associação Nacional dos Industriais de Recauchutagem de Pneus (ANIRP). O trabalho realça que as principais causas de falha de um pneu são a manutenção deficiente do utilizador, bem como o impacto e a pressão desadequada dos pneus, não sendo estas imputáveis a métodos de fabrico, quer em novos quer em recauchutados. A investigação teve apoio da Valorpneu e a colaboração da Aenor, Auto-Estradas do Atlântico, Brisa, Scutvias e Galpgest.


O projeto "Caça ao Crocodilo" visou identificar ao longo de um semestre as causas das falhas dos pneus e contribuir para uma maior segurança rodoviária. Foram recolhidos e exaustivamente analisados todos os "crocodilos" encontrados nas autoestradas das concessionárias aderentes ao projeto, num total de mais de 1000 exemplares destruídos. Verificou-se que 55% provinham de pneus recauchutados e 45% de pneus novos. Apurou-se também que em 8% das situações havia um desgaste excessivo do pneu e em 98% dos casos o rebentamento do pneumático não se deveu ao processo de recauchutagem. Os resultados deste estudo são semelhantes aos de estudos similares já realizados noutros países.

Recauchutados 30% mais baratos

?Há que desmistificar a ideia de que os pneus rebentados têm sobretudo origem nos pneus recauchutados. A recauchutagem é económica e ambientalmente correta, basta ver que todos os aviões usam pneus destes?, diz o líder da ANIRP. José Gomes anui que esta é uma boa alternativa face a pneus usados importados. A ANIRP concluiu ainda que os pneus recauchutados custam em média menos 30% do que os tradicionais, podendo nalguns casos chegar aos 57%, o que é apelativo para o consumidor face à conjuntura económica atual. Este tipo de pneumáticos vale 43% do mercado de veículos pesados e só 2% do de veículos ligeiros.

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(Pub Mar/2012)

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