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Academia, 12.12.2011
Investigador da UMinho vence Grande Prémio BES Inovação
Lisboa
A aplicação de nanopartículas de sílico coloridas para tingir tecidos, criada por uma equipa da Universidade do Minho, venceu a sétima edição do Grande Prémio BES Inovação, atribuído há instantes em Lisboa. A tecnologia, chamada Nanocor, é uma revolução na indústria têxtil mundial. Não polui, não exige sal e poupa 70% da água no processo. Além disso, a cor fica mais intensa, uniforme e sólida à lavagem ou atrito. O promotor do conceito é Jaime Rocha Gomes, professor catedrático de Engenharia Têxtil da UMinho.

As vantagens do projeto devem sentir-se dentro de uma década. A aplicação põe assim fim à deposição de corantes nos efluentes, que são de difícil eliminação e bloqueiam a luz à fauna e flora. Em certas zonas do globo, os governos estão mesmo a fechar indústrias de tingimento por falta de abastecimento de água e pela salinização excessiva dos rios e solos envolventes, que impede a agricultura. "Este prémio vai divulgar o Nanocor e permitir avaliar a sua viabilidade económica. Vamos registar a patente internacional e ajudar a empresa Ecoticket, spin-off da UMinho, a melhorar a tecnologia", refere Rocha Gomes. Na empresa estão também César Martins, João Gomes, Adriana Duarte e Sandra Sampaio.

As nanopartículas coloridas aplicam-se a todas as fibras naturais, incluindo o cabelo. A equipa de Jaime Rocha Gomes publicou na revista internacional "Coloration Technology" resultados de experiências em que se consegue várias cores e com resistência às lavagens com champô. Evita-se assim os corantes que podem ser potencialmente alérgicos e, a prazo, cancerígenos.

Polímero remove e reutiliza fósforo

Na rubrica de Recursos Naturais e Alimentação ganhou outro projeto da UMinho. A um plástico aparentemente comum foi adicionado alumínio. Objetivo? Remover o fósforo acumulado em reservatórios de água, o qual alimenta as algas e cianobactérias, que ao entrarem na cadeia alimentar podem ser perigosas para o Homem. O projeto permite ainda recuperar e reutilizar o fósforo, cujas reservas mundiais são escassas.

A investigação premiada envolve o Centro de Engenharia Biológica e o Instituto de Polímeros e Compósitos, ambos da UMinho. Partiu do doutoramento de Manuel Gonçalves de Oliveira, sob orientação das professoras Ana Vera Machado e Regina Nogueira. Metade dos lagos e reservatórios da Europa, Ásia e América são afetados pelo consumo excessivo de fertilizantes e este grave problema levou os governos a criar leis mais exigentes na regeneração ambiental.



Grande Prémio BES Inovação 2010 também foi para a UMinho

Premiar a excelência na investigação, contribuir para uma economia mais competitiva e promover a cultura empresarial orientada para a inovação são os objetivos do Prémio BES, que nas sete edições recebeu 1226 projetos concorrentes e distribuiu 2.4 milhões de euros. Em 2010, o Grande Prémio BES também foi para a UMinho. João Mano, do Departamento de Engenharia de Polímeros e investigador do Grupo 3B's, desenvolveu a tecnologia "Drops in Lotus", que permite isolar gotas carregadas com medicamentos ou células para regenerar órgãos e tecidos.

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(Pub. Dez/2011)

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