"Temos que saber lidar com o facto de vivermos num mundo vasto e de crescente complexidade. Temos a visão estratégica de integrar cada micromercado potencial numa rede global de spin-offs académicas", sublinha. A atividade inicial da spin-off incidia nas tecnologias ambientais. Hoje juntam-se três novas áreas - sustentabilidade e planeamento estratégico; gestão e valorização de ecossistemas; formação e comunicação ambiental.
A internacionalização é "obrigatória" na Simbiente. Basta citar as colaborações com a Environmental Leverage Inc. (EUA), Bioprocess Control AB (Suécia), GHG Limited (Reino Unido), Universidade Técnica da Dinamarca e com entidades da Macaronésia (Cabo Verde, Canárias, Açores, Madeira). Intramuros, o rol de clientes inclui a Águas de Portugal, Governo Regional dos Açores, Administração dos Portos do Douro e Leixões, Quaternaire, Administrações das Regiões Hidrográficas do Norte e do Centro, autarquias, entre outros. A empresa tem 11 funcionários (dois terços são pós-graduados) e faturou quase 400 mil euros em 2010.
Consciencializar exige tecnologia de qualidade e a baixo custo
A empresa pretende ter ainda patentes nas áreas de tratamento e valorização de águas residuais, valorização de subprodutos e resíduos orgânicos, gestão de sistemas lagunares e fluviais, avaliação de riscos ambientais ou sistemas de informação e de monitorização ambiental. Sérgio Costa considera que, desde a Conferência de Estocolmo em 1972, muito caminho foi trilhado na consciencialização para os problemas ambientais: "Os conceitos estão enraizados, mas na prática há ainda muito a fazer, para os cidadãos e os agentes socioeconómicos estarem dispostos a implementar são precisas soluções não só ambientalmente eficazes, mas simultaneamente social e economicamente vantajosas".
Sediada na SpinPark/AvePark (Caldas das Taipas, Guimarães), a Simbiente foi fundada em 2004 a partir de projetos inovadores no Centro de Engenharia Biológica (CEB) da UMinho, "conjugando várias perspetivas, oportunidades e necessidades comuns". A empresa foi lançada numa lógica de interface: mostrar ao mercado o que se fazia nos laboratórios e, por outro lado, trazer do mercado o feedback ao estilo "precisamos disto que não está disponível em lado algum". As pessoas gastavam tempo de vida e recursos do Estado a criar conhecimento para a sua progressão científica, mas não para o mercado e o 'mundo real'. Faltava inovação: agarrar no conhecimento e transformá-lo em dinheiro para retornar o investimento em investigação", vinca Sérgio Costa, ladeado pelo diretor de I&D da empresa, Pablo Kroff.
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(Pub. Nov/2011)