A investigação foi pedida pelo Ministério da Economia e do Emprego, que hoje inicia o debate na especialidade do Orçamento de Estado 2012. Os resultados obtidos no estudo da UMinho e UPorto preveem que o aumento do SMN para 500 euros, conforme acordado na referida legislação em 2006, originará uma diminuição do emprego que variará entre -0,34% no cenário de baixo aumento dos preços da produção interna (1%) e -0,01% no cenário de aumento dos preços alta (3%).
A análise indica que cada ponto percentual de aumento no salário base real, derivado do aumento do SMN, resulta numa diminuição do emprego entre 1,1% e 1,8%. Assim, os trabalhadores atingidos pelos aumentos do SMN nos últimos anos viram significativamente aumentada a sua probabilidade de transição para o desemprego ou para a inatividade. As estimativas da diminuição do emprego por conta de outrem desde 2006 cifram-se entre os 0,56% e os 0,85%, sendo que no Norte do país, em 2009 e 2010, se fez sentir em maior escala.
Embora o aumento do SMN tenha afetado a sobrevivência das empresas, os efeitos negativos são mais evidentes na dinâmica relativa à criação e destruição de emprego por empresas que se mantêm no ativo. Por outro lado, estes efeitos são mais notados em cinco setores de atividade: têxtil, vestuário e calçado; agricultura e silvicultura; mobiliário; restaurantes e hotéis e outros não especificados.
Este grupo de trabalho, que correspondeu a uma solicitação que lhe foi dirigida por parte do Ministério da Economia e do Emprego, desaconselha aumentos reais fortes em fases negativas do ciclo económico, realçando uma atenção especial aos efeitos redistributivos entre grupos de trabalhadores, empregadores e regiões.
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