A dependência da plataforma da DGES "não é, no momento a melhor opção" refere o Administrador dos SASUM, Eng. Carlos Silva. A UMinho é a primeira Academia a pagar as bolsas de estudo e, até ao momento os SASUM já analisaram cerca de 90% dos processos de recandidatura e, 60% de todas as candidaturas recebidas "a análise das candidaturas em papel torna o processo mais célere" afirma Carlos Silva.
A lista agora
divulgada pelos SASUM dos primeiros bolseiros a receber bolsa de
estudo foi a primeira, pelo que os SASUM contam poder em breve
publicar novos resultados "prevemos concluir a maioria dos
processos até à última semana de dezembro (novas recandidaturas e
1º ano)" afirma Carlos Silva.
Apesar deste "caso único" que é a UMinho, Carlos Silva adverte que "este ano a publicação dos resultados das bolsas de estudo nas outras Academias vai atrasar ainda mais que no ano anterior", uma vez que as instituições de Ensino Superior já começaram as análises dos processos mais tarde, pelo facto das ferramentas electrónicas (plataforma), terem que ser ajustadas ao regulamento, se no ano transato os primeiros resultados definitivos saíram em Janeiro/Fevereiro, este ano será concerteza mais tarde. Todo este impasse afeta as famílias dos estudantes que vêm os recursos fazerem-se poucos para manterem os seus filhos no Ensino Superior e, os próprios estudantes que passam metade do ano sem verem a sua situação normalizada, com prejuízo muitas vezes da sua produtividade académica.
"Pobres" desesperam, enquanto "ricos" aguardam por mais
Nestas situações e,
enquanto a DGES não aciona meios, ou arranja solução para que o
processo seja mais rápido, os estudantes mais carenciados
desesperam, tendo muitas vezes de desistir do "sonho" de tirar um
curso superior. Enquanto isso e, mais uma vez se coloca a questão
da injustiça da equidade na atribuição das bolsas, os "ricos"
apenas aguardam, pois vindo os seus recursos de sociedades, a
bolsa, muitas vezes elevada virá, mais cedo ou mais tarde.
Em conformidade com
o novo Regulamento de atribuição de bolsas de estudo, para o
cálculo de bolsa de estudo é considerada a totalidade dos
rendimentos do agregado familiar do aluno, incluindo os
rendimentos de património mobiliário, rendimentos provenientes de
bolsas de estudo (exceto bolsas de acção social do ensino
superior), bolsas de formação, rendimentos de capitais,
património imobiliário e apoios à habitação, mas não são
considerados os rendimentos provenientes de sociedades, muitas
vezes com lucros na casa dos milhões de euros
.
"Esta solução é iníqua e briga com os fins que se visam atingir,
não se pode aceitar que estes rendimentos não sejam considerados
pelos Serviços, pois irão determinar a atribuição de bolsa,
muitas vezes elevada para quem não precisa". "No curto prazo, a
solução terá de passar por incluir estes rendimentos no cálculo
da bolsa de estudo, como era prática dos Serviços de Acção Social
das instituições de ensino superior até 2009, isto de forma a
rectificar esta situação de grave injustiça" refere Luís
Rodrigues. A mesma opinião é partilhada pelo Administrador dos
SASUM "estes alunos 'ricos' não podem ter direito a bolsa, não é
justo, este critério deve e, tem de ser alterado pois está-se a
desperdiçar recursos financeiros com quem não precisa"
afirma.
Informação
Bolsas de Estudo
Na presente
data os processos encontram-se distribuídos de acordo com o
seguinte quadro:
* NOTA:
No ano 2011/2012
estão
apenas disponíveis os dados das recandidaturas dos alunos
bolseiros em 2010/2011
.O total de
processos dos SASUM, incluindo os alunos de 1º ano e novas
candidaturas, rondam os 6.500 processos, estando já analisados
cerca de 60%.
Texto: Ana Coimbra
anac@sas.uminho.pt
(Pub. Out/2011)