A viagem ao maior laboratório de física de partículas do mundo vem na sequência do grande interesse dos estudantes pelo tema durante as aulas de Estrutura Atómica e Molecular. Da parte da manhã, os catorze mestrandos vão ouvir uma palestra e ver um filme sobre o CERN. Segue-se uma visita à área de investigação que inclui aceleradores de partículas e postos de linha de feixe. Após o almoço na cantina do Laboratório, o grupo vai conhecer o museu "Globe and Microcosm".
O CERN agrega vinte Estados-membros e possui 2500 funcionários full time, além de 8000 investigadores de 600 universidades e centros de I&D de 113 países. Há um grande número de portugueses envolvidos - por exemplo, 40 engenheiros e físicos lusos estão no Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, que está ligado ao detector CMS. Os cientistas procuram resposta a questões como qual a origem das partículas que formam todo o universo, como se estabeleceram as leis da natureza, qual é a origem da massa ou como surgem a anti-matéria e algumas partículas previstas, como o bosão de Higgs, ainda não detectadas experimentalmente.
O Large Hadron Collider (LHC), que o CERN desenvolve há duas décadas, permitirá recriar as condições de temperatura e densidade de energia existentes no início do universo, há 13 mil milhões de anos. Este acelerador de partículas está no subsolo na fronteira franco-suíça, perto de Genebra. Espera-se então identificar o bosão de Higgs e muitas partículas supersimétricas que possam um dia desvendar todos os segredos da matéria. O CERN construiu a 100 metros de profundidade um anel de 27 km de circunferência, refrigerado à temperatura de -271,4ºC (zero absoluto). Nos laboratórios subterrâneos ao longo deste anel estão quatro grandes conjuntos de detectores (ALICE, ATLAS, CMS e LHCb), onde ocorrem colisões entre protões que viajam a velocidade muito próxima da velocidade da luz no vácuo (299.792.458 m/s).
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Prof. Carlos Tavares - 253510474 /00, ctavares@fisica.uminho.pt
(Pub.Jun/2011)