O objectivo desta acção é promover a ajuda ao próximo, mas sobretudo promover a reflexão sobre a questão do voluntariado, um acto tão fácil, mas que só alguns têm capacidade para o fazer.
O dia de hoje foi
repleto de actividades, as quais começaram pelas 10h00 e
terminaram pelas 22h30. Entre a actuação de grupos musicais,
demonstrações feitas pelos bombeiros, actuações de dança, peddy
papper, exposições, serviços de estética, jogos tradicionais,
concertos, etc., tudo foi motivo para passar a mensagem que ser
voluntário é fácil, basta "querer dar um bocadinho de nós", tal
como referiu uma das participantes (Rosa de 16 anos) no peddy
papper. Segundo esta "às vezes temos a impressão que é algo
complicado, só quando passei por aqui e vi tudo isto reflecti
sobre esta questão do voluntariado e estou a pensar no futuro
fazer parte de algo mais que não seja participar, mas que sinta
que estou mesmo a ajudar" refere.
O peddy papper era
sem dúvida uma das acções de mais sucesso, e que estava a ser
promovida pelo exército - pela secção de voluntariado, a qual
segundo o responsável, o Major José Barbosa, voluntariado no
sentido em que só segue isto quem quer "é uma opção de vida".
Para o Major, ao aliarmo-nos a esta iniciativa aproveitamos para
fazer divulgação do que somos e o que fazemos, com isto ajudamos
as pessoas a passar o tempo e ao mesmo tempo estamos a apelar aos
jovens para que também eles venham fazer parte desta secção de
voluntariado do exército" afirma. Para este militar, estas acções
de cariz humanitário devem fazer parte da vida de cada um
individualmente e da comunidade em geral, referindo que o
voluntariado para si é uma forma de "ajudar em prol de uma
organização ou causa" mas o objectivo é sempre o mesmo "fazer bem
aos outros".
Outra das acções patentes era a sensibilização em prol dos deficientes visuais, dando a cara por esta causa estava Maria do Céu, afirmando que "estou aqui para dizer às pessoas como devem lidar com os cegos". Esta voluntária há 3 anos vê o voluntariado como uma "obrigação" perante os outros e perante a sociedade, "há tanta gente que precisa de uma palavra, de um gesto amigo, sinto que tenho de fazer isto por mim e pelos outros" refere.
Os claustros do
Edifício dos Congregados foi o espaço escolhido para a exposição
que pretende mostrar formas de voluntariado actuais e feitas nas
proximidades, onde estão patentes vários produtos feitos por
diversas instituições da cidade, entre os quais tapetes, quadros,
livros, peças de croché, formas de voluntariado que servem tanto
para as pessoas poderem passar melhor o tempo, bem como as peças
podem posteriormente ser vendidas para poder ajudar
financeiramente, pessoa e instituições.
Patente na Avenida Central, estava também um serviço voluntário de estética, promovido pela Escola Profissional "Esthétique" que faziam serviço de maquilhagem a quem quisesse. Uma das voluntárias era Andrea, que nos referenciou que "é muito bom ajudarmos os outros, poder faze-los sentir melhor com aquilo que nós sabemos fazer", quando questionada sobre o que significa para si o voluntariado, afirma "é uma atitude importante que pode fazer alguém mais feliz".
A grande
impulsionadora desta semana de comemorações do Ano Europeu do
Voluntariado em Braga, é a Dr.ª Amélia Pereira, voluntaria há 27
anos, é a actual coordenadora do BLV. Amélia Pereira não tem tido
mãos a medir, as solicitações são muitas, "para que tudo corra
bem é preciso muito trabalho" afirma. Segundo a coordenadora, o
evento está a correr muito muito bem, tem havido muito movimento
e uma grande participação das pessoas nas várias actividades
"está a ser um sucesso, as pessoas estão a aderir, a participar,
estamos a conseguir passar a mensagem" diz. Com tantos anos à
frente destas causas, para si voluntariado é "receber", segundo
esta "recebemos muito mais do que damos, é muito
compensador".
Com as comemorações a decorrerem até ao próximo sábado, o desejo
das instituições que se uniram em prol desta causa, é que a
mensagem "Sê Voluntário! Faz a diferença" passe e seja incutida
em cada bracarense.
Texto: Ana
Marques
(Pub. Mai/2011)