O passado dia sete de Dezembro foi de eleições na Uminho. Os estudantes minhotos dirigiram-se às urnas para votar para a direcção da Associação Académica, para a mesa da Reunião Geral de Alunos e para o Conselho Fiscal e Jurisdicional. A lista A ganhou esta corrida, com 88,57% dos votos e derrotou assim as listas B e C, que obtiveram 8,08% e 3,34% dos votos, respectivamente.
Luís Rodrigues ficou
muito satisfeito com o expressivo voto de confiança que os
estudantes da Uminho renovaram com a lista A. "É muito
encorajador para esta equipa, uma margem tão significativa e
dilatada. Garanto que a seriedade com que encaramos este mandato
seria a mesma se tivéssemos vencido por um voto, mas sem dúvida
que a legitimidade e a confiança que nos dão é completamente
diferente", afirmou o presidente da Associação Académica. Luís
Rodrigues acrescentou, ainda, que pretende "reafirmar o
compromisso de defesa intransigente dos direitos e interesses dos
estudantes, totalmente isento, independente e descomprometido de
qualquer força política, partidária ou
ideológica".
Pedro Castro, cabeça
da lista B, confessa que quando avançou com a sua candidatura
para estas eleições já estava consciente de que seria muito
difícil destronar a actual direcção da Associação Académica, no
entanto, garante que o AGIR, movimento em que se insere, sai
fortalecido destas eleições e vai continuar a lutar. "Nenhum
elemento do AGIR se ilude com esta direcção da AAUM. Sabemos o
que eles têm feito pelos estudantes: nada. Sabemos que o caminho
a seguir vai ser o mesmo, o da continuidade. Eles não desmentem.
Mais uma vez os alunos não serão bem representados. Se a
abstenção chega a estes números é porque os alunos da UM se
sentem totalmente distanciados do que é a direcção da AAUM e não
vêem nela alguém que os represente", afirmou Pedro Castro.
A lista C, representada por Francisca Goulart e dinamizada pelo movimento Elo Estudantil, foi a que arrecadou menos votos nestas eleições. "Enquanto movimento, neste ano, enfrentámos sérias dificuldades financeiras, alguns elementos da lista não puderam participar, mesmo no pólo de Azurém, onde tivemos um decréscimo muito grande de votação. São pequenas coisas que, num movimento como o nosso, em que somos nós que nos subsidiamos, têm implicações muito graves", referiu Francisca Goulart.
Quanto à mesa da
RGA, Sérgio Moura, líder da lista D, garantiu mais um mandato à
frente do mais importante órgão de decisão para os estudantes da
Academia com 75,03% dos votos. O presidente reeleito para a mesa
da RGA confessou que estava confiante nestas eleições e mostrou o
seu descontentamento face aos elevados números da abstenção.
Disse ainda que o próximo mandato será a continuação do último
ano de trabalho. "Fica a promessa da continuação e posso desde já
dizer que, com um ano de experiência em cima, já sabemos quais
aqueles pontos onde vamos incidir mais esforço", disse Sérgio
Moura.
Para o Conselho Fiscal e Jurisdicional a lista vencedora foi a H, encabeçada por Nelson Cerqueira, que conseguiu 51,62% dos votos, que representam a eleição de cinco elementos. Assim a lista G, com 36,60% dos votos, conseguiu eleger, ainda, quatro elementos. Nelson Cerqueira admitiu que esta foi uma luta renhida e que espera um bom trabalho de equipa entre os nove elementos eleitos. Para o futuro, deixa a promessa de um CFJ "mais presente, mais transparente e que acompanha de perto a direcção e todo o trabalho da AAUM".
Concluiu-se, assim,
mais um período eleitoral na Uminho, numa perspectiva de
continuidade. Também nos elevados números da abstenção não se
fizeram notar grandes mudanças, ao contrário do que era esperado
por todos os candidatos, sendo este um problema crónico da
Academia.
Texto: Maria João Quintas
Iolanda Lima